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Baile gaúcho

Acordeonista Bebê Kramer faz show amanhã na Praça Floriano Peixoto

No repertório, músicas do projeto Gafieira do Bebê, criado a partir de seu encontro com o clarinetista Paulo Moura

Eduardo Tristão Girão

O acordeonista gaúcho Bebê Kramer pertence a uma geração de músicos mais ou menos jovens que decidiram deixar as cidades de origem para fazer a vida no Rio de Janeiro.


Integram essa categoria o violonista conterrâneo Yamandu Costa, o gaitista brasiliense Gabriel Grossi e, apesar de ser carioca, o bandolinista Hamilton de Holanda, que passou boa parte de sua vida em Brasília.

Expoente da cena instrumental, Kramer toca amanhã à noite na Praça Floriano Peixoto, em Santa Efigênia. De graça.

No repertório, o talentoso gaúcho incluirá músicas do projeto Gafieira do Bebê, criado a partir de seu encontro com o grande clarinetista Paulo Moura, primeiro músico com quem tocou ao chegar à capital fluminense, em 2007.
O acordeonista Bebê Kramer faz show com entrada franca na Praça Floriano Peixoto - Foto: Festival Mimo/Divulgação
“Amigos que tocavam com o Paulo falavam de mim para ele e que quando nos encontrássemos íamos querer tocar juntos. Dito e feito. Ele era apaixonado por acordeom e eu pela obra dele”, lembra Kramer.

Não por acaso, era um projeto de gafieira na Lapa carioca, que durou cerca de dois anos e se desdobrou em apresentações até fora do Brasil.

No meio do caminho, o gaúcho conheceu o trombonista Zé da Velha e o trompetista Silvério Pontes, que formam dupla icônica do estilo no país. Kramer se apresenta com os dois desde 2009, o que ajuda não apenas a ampliar o conhecimento na área, mas a manter a prática musical em dia.
O show solo que criou a partir de tudo isso é dançante, mas com marca própria. E vai virar disco em breve.

“A música gaúcha também tem baile. Contextos diferentes, é claro, mas são situações em que as pessoas dançam. No meu caso, sempre toquei instrumental, música para as pessoas ouvirem. Isso está muito dentro do meu trabalho. Tenho cuidado para que não seja só dançante, pois quero algo para ser ouvido sentado também. Assim, atingi tanto quem gosta de ouvir quanto quem gosta de dançar. Misturo alguma coisa latina, embora o predomínio seja da música brasileira. Até os momentos tranquilos são dançantes”,resume.
     
O repertório tem composições de Moacir Santos (Coisa nº 10), Tom Jobim (Domingo sincopado), Haroldo Barbosa (Adeus, América, com Geraldo Jacques) e Guinga (Bolero de satã, com Paulo César Pinheiro), além de peças próprias, a exemplo de Gafieira do Bebê.


Tudo arranjado só para a formação que conta com Bebê Kramer, Anderson Barbosa (percussão), Aquiles Moraes (trompete e flugelhorn), Cassius Theperson (bateria), Everson Moraes (trombone), Guto Wirtti (baixo), Zé Carlos Bigorna (saxofone e flauta) e Marco Pereira (violão).

BH INSTRUMENTAL
Com Bebê Kramer e banda. Abertura: Senta a Pua. Amanhã, a partir das 19h30. Praça Floriano Peixoto, Santa Efigênia.

Informações: (31) 3222-5271. Entrada franca.

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