O baixista e produtor carioca (quase mineiro) Gustavo Carvalho, com dois ótimos discos instrumentais no currículo ('Arquipélago' e 'Tons do mar'), muda a bússola para um projeto que reúne a musicalidade do Sul de Minas, da América do Sul e da África do Sul. Fundador, nos anos 1990, da banda Toque de Midas, ele formou, em 2014, o quarteto Sulsouth, com o sul-africano Werner Verraz nos vocais, violão de aço e gaita, o guitarrista Zenrik Barbosa e o baterista Claudinho Mendonça.
Além do baixo, Gustavo toca violão de náilon, craviola, teclado e também colabora nos vocais. Entre as participações, o amigo guitarrista Elder Costa, os percussionistas Emilio Martins e Edgar Silva e os tecladistas Omar Fontes e Roberto Coelho – além de Cesar Botinha tocando guitarra em uma das faixas e Pria fazendo vocais em outra.
O disco de estreia, 'Rocket ship', é assumidamente um disco romântico. Mas não um álbum apenas de doces canções de amor, mas de amor cantado em ritmo de reggae, funk e outras sonoridades mineiras, brasileiras e africanas. Na maioria das 11 faixas, o inglês predomina nas letras e, numa delas Ruimteskip, Werner, que já tocou na banda de reggae Iner Circle e esteve ao lado de Ziggy Marley na abertura da Copa do Mundo da África do Sul, oferece versos em sua língua natal, africans.
Em três outras, canta em português, com resultado irregular. Na mineiríssima Negro minério, o ouvinte precisa ouvir algumas vezes para entender a letra. Em A chuva, que mistura Brasil e África, fica mais claro. E na romântica O tempo, com versos mais curtos, o esforço é menor. Influenciado por Peter Tosh, Bob Marley e UB 40, o vocalista (e compositor na maior parte das músicas) contribui para o bom acento pop, principalmente na primeira metade do disco, com as suingadas Fly away, The sun, My everything e Rumteskip.
Se o disco sair em vinil, teremos um lado de world music pop fluente e levemente dançante. Abrindo o “lado B”, Miracle, um blues meio Dire Straits, meio Clapton, bota a bola no chão com charme. Com a guitarra soando meio caipira mineira, meio country, a longa Impossível contar as estrelas mantém a guarda abaixada. Depois vem a já citada Negro minério, à la Toque de Midas, seguida pela festiva Babylon love. A chuva trata das saudades da mãe África e da busca pela felicidade e O tempo encerra o disco como a dizer que o grupo não tem pressa, cantando um amor que busca transcender seu tempo.
Além do baixo, Gustavo toca violão de náilon, craviola, teclado e também colabora nos vocais. Entre as participações, o amigo guitarrista Elder Costa, os percussionistas Emilio Martins e Edgar Silva e os tecladistas Omar Fontes e Roberto Coelho – além de Cesar Botinha tocando guitarra em uma das faixas e Pria fazendo vocais em outra.
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Em três outras, canta em português, com resultado irregular. Na mineiríssima Negro minério, o ouvinte precisa ouvir algumas vezes para entender a letra. Em A chuva, que mistura Brasil e África, fica mais claro. E na romântica O tempo, com versos mais curtos, o esforço é menor. Influenciado por Peter Tosh, Bob Marley e UB 40, o vocalista (e compositor na maior parte das músicas) contribui para o bom acento pop, principalmente na primeira metade do disco, com as suingadas Fly away, The sun, My everything e Rumteskip.
Se o disco sair em vinil, teremos um lado de world music pop fluente e levemente dançante. Abrindo o “lado B”, Miracle, um blues meio Dire Straits, meio Clapton, bota a bola no chão com charme. Com a guitarra soando meio caipira mineira, meio country, a longa Impossível contar as estrelas mantém a guarda abaixada. Depois vem a já citada Negro minério, à la Toque de Midas, seguida pela festiva Babylon love. A chuva trata das saudades da mãe África e da busca pela felicidade e O tempo encerra o disco como a dizer que o grupo não tem pressa, cantando um amor que busca transcender seu tempo.