A formação original do Guns N' Roses vai abrir nesta sexta-feira (15/04) o festival de Coachella, no deserto do sul da Califórnia, um sinal não só que a banda deu um tempo em seus conflitos internos mas também do crescimento da indústria da música ao vivo.
Os festivais, que durante muito tempo fizeram parte do cenário de verão na Europa, ganharam fôlego durante a última década na América do Norte, alimentados pela presença dos jovens que valorizam as experiências do mundo real na era digital.
O mercado ampliou o suficiente para incluir hoje uma grande variedade de gostos e grupos demográficos, e agora os festivais se esforçam para atrair grandes nomes.Nesse cenário uma reunião dos membros do Guns N' Roses era como o Santo Graal.
"Appetite for Destruction" continua sendo o álbum de estreia mais vendidos da história, mas o status de estrelas ostentado pela banda foi fugaz. A última vez que Axl e Slash tocaram juntos foi em Buenos Aires em 1993. Quando o Guns N' Roses anunciou seu retorno ao Coachella, os dois fizeram um show surpresa em 1 de abril no Troubadour, pequeno clube em Los Angeles onde aconteceu a primeira reunião da banda.
O grupo planeja uma turnê pela América do Norte.
O fim da briga
Axl sempre brigou com Slash, afirmando que ele não era um dos fundadores da banda.
"Pessoalmente, considero ele um câncer que é melhor extirpar, evitar. E quanto menos escutemos dele ou de seus seguidores, melhor", disse Axl Rose em 2009.
"Não há nenhuma possibilidade de que eu tenha algo a ver com Slash que não seja uma emboscada, e não seria agradável", comentou.
Axl, que continuou tocando com o Guns N' Roses ao lado de outros guitarristas, recusou a inclusão da banda no Salão da Fama do Rock and Roll em 2012.
Ele escreveu em uma carta aberta: "É hora de seguir adiante. A gente se divorcia. A vida não te deve seu próprio e pessoal final feliz".
Mas aparentemente é possível uma retomada.