Desde a estreia, a receptividade do público tem sido grande, diz Djavan, contando que na terceira vez que subiu ao palco sentiu que o espetáculo havia praticamente chegado ao formato definitivo. “Montar o roteiro é o que mais demanda tempo. É difícil, pois show significa interação entre plateia e artista. Isso deve acontecer desde a primeira música. A gente ajusta uma canção ali, bota outra no lugar e acaba dando certo. Já temos um show redondo”, assegura.
Boa parte do repertório se concentra no novo disco, o 23º de seus 40 anos de carreira. Porém, não vão faltar os hits Açaí, Linha do Equador, Eu te devoro e Outono.
O cantor assina a direção do espetáculo, que tem iluminação de Binho Schaefer, figurino de Roberta Stamato e cenografia de Suzane Queiroz. Os cenários estão entre os pontos altos da turnê. “Há vários elementos no palco. Um deles é uma espécie de livro com trechos de composições minhas de várias épocas, que se casam bem com a ideia de Vidas pra contar”, explica.
Há quem diga que o novo disco tem um quê de autobiográfico. Dona do horizonte (Eu já nasci/ Minha mãe quem diz/ Predestinado ao canto) e Vida nordestina (A vida não é de festa/ Para o povo do sertão/ Mas até quem não tem empresta/ Dá a mão) são alguns exemplos. “No geral, não sou autobiográfico nem de falar muita coisa de mim nas letras. A grande graça é a invenção, inventar canções e situações com as quais as pessoas se identifiquem”, acredita.
A variedade de gêneros é outra marca do álbum e do show. “Venho de uma coisa muito heterogênea. Acho isso muito bacana, a gente tem um pouco de tudo aqui: xote, bolero, jazz e pop. O público gosta”, frisa.
VIDAS PRA CONTAR
Show de Djavan. Amanhã, às 22h. Chevrolet Hall. Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, (31) 3209-8989. Arquibancada: R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia). Mesas: R$ 800 e R$ 1.120. .