O dia em que o grupo Molejo arrastou multidão debaixo de chuva em BH

Repórter do EM lembra como foi o show do grupo, ano passado, durante a Virada Cultural. Foram mais de duas horas de show, incluindo sucessos como 'Cilada'

por Celina Aquino 16/03/2016 17:03
JAIR AMARAL/EM/D.A.PRESS
O grupo Molejo durante apresentação na Virada Cultural de Belo Horizonte, ano passado (foto: JAIR AMARAL/EM/D.A.PRESS)
Noite de um domingo chuvoso. Show a céu aberto. E não é que a Praça da Estação ficou lotada?  Adivinhem: todos esperavam ansiosamente a chegada do Molejo. Sim, aquele grupo de pagode que estava desaparecido e prometia um retorno triunfal a Belo Horizonte. Dedé (Anderson Leonardo), Marquinhos Pato, Claumirzinho e companhia tinham a responsabilidade de encerrar a programação de um dia inteiro da Virada Cultural, realizada em setembro do ano passado na capital mineira, e não fizeram feio.

Com muita simpatia, eles mostraram que ainda têm fôlego para levantar a plateia e segurar um show que durou muito mais que o previsto. Foram duas horas e 15 minutos de apresentação. Coincidência ou não, o mesmo tempo que o público teve que esperar para vê-los no palco – o show do Molejo, encerrando a Virada, registrou o maior atraso na programação do evento promovido pela Fundação Municipal de Cultura.

Não há como esconder que o Molejo não mostrou (quase) nada de novo. Para não cometer injustiça, no repertório havia uma única canção inédita, Tudim morreu. Fora isso, o grupo se apropriou de sucessos de outros artistas, como Ragatanga, Macarena, Largadinho e Gordinho gostoso, mas não deixou de animar a plateia. Parecia até que os antigos hits iam ser esquecidos. Depois de Cilada, que abriu o show, foi preciso esperar até o fim para ouvir Brincadeira de criança e Dança da vassoura. Boa estratégia, já que o show terminou com a empolgação máxima dos espectadores.

Pois é, nem sempre o que vale é lançar um sucesso a cada temporada. Um pouco de nostalgia também é capaz de empolgar a multidão.

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