Maroon 5 faz show compacto, mas repleto de hits em BH

Oito anos depois da primeira visita à capital mineira, o grupo liderado por Adam Levine deixou o palco após uma hora e 25 minutos de show

por Mariana Peixoto 11/03/2016 22:30
Tulio Santos/EM/D.A.Press
(foto: Tulio Santos/EM/D.A.Press)

Dez horas em ponto. Milhares de celulares a postos. Era quase impossível ver um pouco além das telas dos smartphones que tentavam não perder um só lance da entrada do Maroon 5 em cena. Oito anos mais tarde - e bem mais famosos do que no já longínquo 2008 - o grupo capitaneado por Adam "o mais sexy do mundo" Levine deu início ao show na Esplanada do Mineirão com Animals, single de V, seu mais recente álbum.

Exibindo as dezenas de tatuagens e as madeixas agora descoloridas, Levine, dono do falsete mais popular da atualidade, não parecia em plena forma neste início de apresentação. O tom de voz não corresponde ao do registro das canções-chiclete que dominam rádio e internet. Nenhum problema para a plateia festeira de 25 mil pessoas - que esgotaram os ingressos logo no primeiro dia de vendas.

Levine continuou o show com One more time e Stereo hearts, cover da banda de hip hop Gym Class Heroes. Depois partiu para um repertório de hits: Harder To breathe, Lucky strike e Wake up call. Só após estas canções deu o primeiro cumprimento da noite: "obrigado".  Em inglês, disse o quanto estava agradecido pela plateia da noite. "We love you guys".

O Maroon 5 é uma banda pop por excelência. Faz canções palatáveis, porém fáceis, extremamente fáceis. Levine, que viu sua fama quadruplicar desde que se tornou um dos mentores do reality musical The Voice, não ousa. Caras, bocas e músculos o tempo todo, fez um show correto, mas nada memorável. É tudo ensaiado, previsível, asséptico. Até mesmo o repertório, exatamente o mesmo da estreia da turnê no país, em Porto Alegre.

Levine dá pouca chance aos colegas de banda. Quem mais consegue sobressair é o guitarrista James Valentine, que teve alguns momentos como na parte final, com Moves like Jagger e Sugar. Também na segunda parte, com as lentas Lost stars e She will be loved, o grupo ficou mais próximo do público. Mas foi pouco, extremamente pouco. Deixou o palco após uma hora e 25 minutos.

O repertório completo


Animals
One more time
Stereo hearts
Harder to breathe
Lucky strike
Wake up call
Love somebody
Maps
This love
Sunday mornings
Payphone (A capella)
Daylight
Lost stars
She will be loved
Moves like Jagger
Sugar

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