"Toca Mário de Andrade!", soltou um fã na última apresentação da banda goiana Boogarins em Belo Horizonte, em novembro do ano passado. A faixa, quinta do mais recente álbum do grupo - Manual ou Guia livre de dissolução dos sonhos - acabou não sendo executada, e virou promessa para uma próxima visita. "Aquele show foi o primeiro no Brasil depois da turnê pela Europa. Não tivemos tempo de ensaiar um repertório diferente, ficou complicado de tocar algumas músicas", justifica o guitarrista Benke Ferraz. "Mas agora é um show só nosso, de lançamento do disco mesmo, e vamos fazer uma apresentação tamanho família", garante.
Acompanhado dos parceiros Dinho Almeida (voz e guitarra), Raphael Vaz (baixo) e Ynaiã Benthroldo (bateria), Benke sobe sobe ao palco d'A Autêntica neste domingo, com abertura da banda mineira Lively Water, a partir das 17h. Ao contrário das outras visitas a BH, em que integraram o line-up de alguns festivais, dessa vez o Boogarins desembarca na cidade em uma empreitada mais pessoal. Foram eles mesmos que batalharam as datas da turnê e fizeram contato com casas de shows. "Pela primeira vez estamos circulando com um show só nosso. Acho importante o lance da procura dos festivais, porque é um indício muito bom de que a nossa música está chegando às pessoas. Mas isso não nos diz qual o tamanho da banda, qual o público que ela atinge", explica. A aventura resultou em uma turnê com 10 datas fechadas, passando por nove capitais. Algumas delas, como Salvador e Manaus, recebem a primeira visita do grupo.
"Essa coisa de esperar convites para tocar em situação ideal, com cachê, hotel e tudo mais, acaba impedindo que a gente passe por muitos lugares. Então decidimos fazer por bilheteria mesmo", conta. O objetivo é manter a banda na estrada, e não ficar depender de eventos maiores. "Temos a preocupação de fazer a banda se prolongar. É um projeto que queremos que dure muito tempo nas nossas vidas. Não queremos nos acomodar e ficar reféns de festas. Quando precisarmos, queremos ter uma estrutura para circular e saber que o público vai querer pagar o ingresso", afirma.
INTERNACIONAIS Depois de fechar a turnê brasileira, no dia 26 de março, no Rio de Janeiro, o Boogarins parte para os EUA, onde tem cerca de 30 datas confirmadas. O tamanho da turnê não assusta Benke. "Já tocamos por lá, e vamos passar por cidades em que tivemos apresentações bem legais. Tirando a língua, de resto acontece de uma maneira que a gente já está acostumado", comenta, lembrando que a principal diferença para o Brasil é o fato de que o país já tem uma relação mais estreita com o rock. "Lá a música independente é mais enraizada, o pessoal tem o costume de comprar discos. No Brasil infelizmente ainda é um som que chega mais para as classes média e alta. Tem que ter tempo para ouvir, descobrir, procurar na internet".
Mesmo sabendo das limitações da circulação do seu trabalho em terras brasileiras, o guitarrista não desanima. "Não estou querendo tirar o valor da nossa caminhada. Acredito muito no que estamos fazendo e vejo isso em muitos outros artistas daqui. Estamos tentando mudar uma realidade em um nível pequeno mesmo. Só de termos conseguido fazer show no Norte já é incrível", diz.
BOOGARINS
Domingo, às 17h. A Autêntica, Rua Alagoas, 1.172, Savassi. Abertura: Lively Water. R$ 30. Vendas: https://goo.gl/xjdqh0
Acompanhado dos parceiros Dinho Almeida (voz e guitarra), Raphael Vaz (baixo) e Ynaiã Benthroldo (bateria), Benke sobe sobe ao palco d'A Autêntica neste domingo, com abertura da banda mineira Lively Water, a partir das 17h. Ao contrário das outras visitas a BH, em que integraram o line-up de alguns festivais, dessa vez o Boogarins desembarca na cidade em uma empreitada mais pessoal. Foram eles mesmos que batalharam as datas da turnê e fizeram contato com casas de shows. "Pela primeira vez estamos circulando com um show só nosso. Acho importante o lance da procura dos festivais, porque é um indício muito bom de que a nossa música está chegando às pessoas. Mas isso não nos diz qual o tamanho da banda, qual o público que ela atinge", explica. A aventura resultou em uma turnê com 10 datas fechadas, passando por nove capitais. Algumas delas, como Salvador e Manaus, recebem a primeira visita do grupo.
"Essa coisa de esperar convites para tocar em situação ideal, com cachê, hotel e tudo mais, acaba impedindo que a gente passe por muitos lugares. Então decidimos fazer por bilheteria mesmo", conta. O objetivo é manter a banda na estrada, e não ficar depender de eventos maiores. "Temos a preocupação de fazer a banda se prolongar. É um projeto que queremos que dure muito tempo nas nossas vidas. Não queremos nos acomodar e ficar reféns de festas. Quando precisarmos, queremos ter uma estrutura para circular e saber que o público vai querer pagar o ingresso", afirma.
INTERNACIONAIS Depois de fechar a turnê brasileira, no dia 26 de março, no Rio de Janeiro, o Boogarins parte para os EUA, onde tem cerca de 30 datas confirmadas. O tamanho da turnê não assusta Benke. "Já tocamos por lá, e vamos passar por cidades em que tivemos apresentações bem legais. Tirando a língua, de resto acontece de uma maneira que a gente já está acostumado", comenta, lembrando que a principal diferença para o Brasil é o fato de que o país já tem uma relação mais estreita com o rock. "Lá a música independente é mais enraizada, o pessoal tem o costume de comprar discos. No Brasil infelizmente ainda é um som que chega mais para as classes média e alta. Tem que ter tempo para ouvir, descobrir, procurar na internet".
Mesmo sabendo das limitações da circulação do seu trabalho em terras brasileiras, o guitarrista não desanima. "Não estou querendo tirar o valor da nossa caminhada. Acredito muito no que estamos fazendo e vejo isso em muitos outros artistas daqui. Estamos tentando mudar uma realidade em um nível pequeno mesmo. Só de termos conseguido fazer show no Norte já é incrível", diz.
BOOGARINS
Domingo, às 17h. A Autêntica, Rua Alagoas, 1.172, Savassi. Abertura: Lively Water. R$ 30. Vendas: https://goo.gl/xjdqh0