Como lidar com o imprevisto no meio de uma apresentação? Se era “apenas” a falta de energia elétrica, o percussionista Naná Vasconcelos tirava de letra. Ao relembrar um caso inusitado, o cantor e produtor Márcio Faraco fez uma homenagem singular ao eterno percussionista.
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Segundo o músico, Naná não precisava de energia elétrica, era a essência da música brasileira. “A impressão que fica para sempre, o perfume dos discos”, completou. Faraco lembrou das performances do pernambucano em Meu veneno (Milton Nascimento/Ferreira Gullar) e em Are you going with me? (Pat Metheny/Lyle Mays). “Ele murmurava ao fundo: ‘Ah meu amor, eu te quero tanto. Demais, demais. Você é linda. Demais, demais”.
Naná Vasconcelos morreu às 7h39 da manhã desta quarta, 9, após mais de uma semana internado. O músico tratava um câncer de pulmão desde 2015, quando chegou a se submeter a sessões de quimioterapia. Na época, Naná enfrentou a situação com bom humor, e gravou vídeo com poesia. O sepultamento foi confirmado para o cemitério de Santo Amaro, às 10h desta quinta-feira, 10.