Taylor Swift deu um golpe de autoridade na segunda-feira (15/02), ao conquistar o Grammy de Álbum do Ano com 1989, em uma cerimônia realizada em Los Angeles que também consagrou Ed Sheeran, os autores de Uptown Funk e o favorito da noite, Kendrick Lamar.
A cantora, de 26 anos, se tornou a segunda mulher na história da Academia de Gravação americana a conquistar este prêmio, aumentando seu poder na indústria musical.
"Quero dizer a todas as mulheres que existirão pessoas que tentarão boicotar seu sucesso ou levar crédito por suas conquistas", afirmou Swift polêmica.
"Mas, se vocês se concentrarem em seu trabalho, um dia perceberão que suas conquistas são graças ao seu esforço e às pessoas que amam", disse.
Swift também confirmou estar totalmente consolidada no gênero pop, depois de abandonar o country que a viu nascer como artista, ao receber o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop.
Já o rapper americano Kendrick Lamar, favorito da noite, levou para casa cinco prêmios, entre eles Melhor Álbum de Rap e Canção de Rap por To Pimp A Butterfly e Alright, respectivamente, mas perdeu nas categorias principais.
Lamar, de 28 anos, fez, no entanto, uma das atuações mais impactantes da noite, ao recriar uma cela em pleno palco para interpretar as duas canções com forte conteúdo político.
O hit Uptown Funk, de Mark Ronson e Bruno Mars, foi nomeado, sem surpresas, Gravação do Ano.
"Muito obrigado. Não estaríamos aqui sem as pessoas que dançam esta música", disse Mars.
Já o britânico Ed Sheeran recebeu emocionado o Grammy de Canção do Ano por Thinking Out Loud, uma balada que compôs em uma noite no sofá de sua casa.
O título de Artista Revelação recaiu sobre a americana Meghan Trainor, conhecida pelo sucesso All about that bass, que recebeu mais de 1,2 bilhão de visualizações no Youtube.
A pianista brasileira Eliane Elias, por sua vez, levou o prêmio de Melhor Álbum de Jazz Latino por Made In Brazil.
Já Gilberto Gil, que concorria na categoria Melhor Álbum de World Music com Gilbertos Samba Ao Vivo, perdeu para Sings, da cantora beninense Angelique Kidjo.
David Bowie revive
Além dos prêmios, o Grammy celebrou com atuações vibrantes a grande noite da música.
Lady Gaga recebeu um dos aplausos mais fortes por se transformar em David Bowie, a quem prestou uma homenagem "multissensorial".
A artista colocou uma peruca laranja, se maquiou no estilo anos 80 e vestiu uma roupa inspirada no particular estilo do cantor britânico, que morreu em janeiro.
A estrela apresentou algumas das canções mais conhecidas de seu ídolo, como Space Oddity, Let's Dance, Heroes e Rebel Rebel.
Também emocionante foi a homenagem a Lionel Richie, que levantou o público com seu famoso All Night Long.
Adele voltou ao palco dos Grammy após vários anos de ausência, mas sofreu um problema com os microfones instalados no piano que ofuscou sua atuação.
A cantora explicou o ocorrido em sua conta do Twitter, mas minimizou os fatos ao afirmar que "estas coisas acontecem".
LISTA COM OS VENCEDORES
ÁLBUM DO ANO
"1989", Taylor Swift
GRAVAÇÃO DO ANO
"Uptown Funk", Mark Ronson e Bruno Mars
CANÇÃO DO ANO
"Thinking Out Loud", Ed Sheeran
ARTISTA REVELAÇÃO
Meghan Trainor (EUA)
MELHOR ÁLBUM VOCAL POP
"1989", Taylor Swift
MELHOR PERFORMANCE VOCAL POP
Ed Sheeran, "Thinking Out Loud"
MELHOR PERFORMANCE POP DE DUO/GRUPO
Mark Ronson em colaboração com Bruno Mars, "Uptown Funk"
MELHOR ÁLBUM DE ROCK
"Drones", Muse
MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA ALTERNATIVA
"Sound and Color", Alabama Shakes
MELHOR ÁLBUM DE RAP
"To Pimp A Butterfly", Kendrick Lamar
MELHOR ÁLBUM DE WORLD MUSIC
"Sings", Angelique Kidjo (Benin/Luxemburgo)
MELHOR ÁLBUM POP LATINO
"A Quien Quiera Escuchar", Ricky Martin
MELHOR ÁLBUM ROCK, URBANO OU ALTERNATIVO LATINO
"Hasta La Raíz", Natalia Lafourcade
"Dale", Pitbull
MELHOR ÁLBUM TROPICAL LATINO
"Son de Panamá", Rubén Blades com Roberto Delgado & Orquesta
MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA REGIONAL MEXICANA
"Realidades - Deluxe Edition", Los Tigres del Norte
MELHR ÁLBUM DE JAZZ LATINO
"Made In Brazil", Eliane Elias