Foi com trilhas sonoras para novelas e minisséries como A casa das sete mulheres, Pantanal, O clone e Xica da Silva, que Marcus Viana se tornou conhecido.
Algum tempo depois, veio um disco que em sua definição era uma verdadeira “árvore de Natal em forma de sons”. Utilizando delicados sons de caixinha de música, chegava ao mercado o delicado Natal do bebê. O terceiro e último projeto, As mais belas canções de Natal, lançado em 1996, foi fruto de sete anos de pesquisas, apresentando 30 canções de vários países e épocas formando uma das maiores coletâneas natalinas já editadas.
O compositor, que disponibilizou algumas das canções no Youtube e está relançando As mais belas canções de Natal, diz que os artistas brasileiros não têm tanta tradição em gravar esse repertório porque, aqui, o Natal tem outras raízes e outra cultura. “E isso não acontece em países anglo-saxônicos como os Estados Unidos e a Inglaterra. Explicar música de Natal no Brasil é igual explicar Halloween. Mas sempre fiz questão de fazer, até porque músico não pensa se o trabalho vai valer ou não à pena. Ele simplesmente faz porque gosta”, salienta.
Para tentar atrair o público, já que é uma iniciativa bem específica, algumas gravadoras têm convidado artistas populares para interpretar clássicos como Noite feliz ou Boas festas. A Som Livre é uma delas e, em 2015, está lançando Presente de Natal. O álbum, na verdade é o resultado de um especial exibido na noite desta quinta-feira, 24, na TV Globo. “Um projeto de canções natalinas é lúdico, alegre e para assistir sorrindo com a família. E esse traz um show inédito com grandes nomes da música, com canções que refletem o espírito natalino e foi pensado para trazer inovações na música e nas parcerias”, resume o diretor do programa, Raoni Carneiro.
Michel Teló não está neste projeto, mas já participou de outros similares da própria Som Livre como o Natal em família, no ano passado. Sino de Belém (Jingle bells) ganhou um toque sertanejo e ele a gravou com um instrumento bem significativo, a primeira sanfona que ganhou do pai. Michel diz que ainda que no Brasil não seja comum gravar discos de Natal como nos Estados Unidos, basta o artista querer para criar algo assim. “Mas tem que ter repertório e toda uma preparação. Vira um projeto e isso tudo toma tempo e investimento. É bacana, eu gosto. Quem sabe no próximo ano eu não faço um”, completa.
BAMBAS
Com direito a cavaco, banjo, bandolim e até ukulele (instrumento musical de cordas beliscadas que parece um violão menor), os sambistas Péricles e Thiaguinho, ex-integrantes do Exaltasamba, acabam de lançar o álbum especial Então é Natal. Contando com as participações dos cantores Lucas Morato (filho de Péricles), Hellen Caroline e Chitãozinho & Xororó, o projeto traz canções natalinas, além de religiosas como Ave Maria de Gounod, Ave Maria de Schubert e Vem, eu mostrarei.
Lucas, que participa de CD desse tipo pela primeira vez, não esconde a emoção.