O repertório tem sambas até então inéditos assinados pelo mineiro. “Foi uma correria porque ele estava se sentindo pronto para gravar e ir embora. Ele avisou que qualquer coisa que acontecesse era para levar o projeto adiante”, lembra Júlia.
“É um samba em que Marku canta as próprias origens. Não se parece com nada, é realmente muito dele”, afirma Barral. Para o produtor, está claro uma maneira muito própria que ele tinha de compor e também de intepretar. “É um disco que mostra como o é o samba do Marku. Existe chorinho, violão de sete cordas, uma coisa de raiz. Tem uma levada que ninguém faz igual”, elogia Lima.
No show de lançamento a banda será formada Lucas Telles (violão e direção musical, Lucas Ladeia (cavaquinho), Abel Borges (percussão), Digão Nargel (percussão) e Leonardo Brasilino (trombone). Júlia Ribas interpreta seis canções do pai. Para ela, %2b Samba retrata a realidade de uma vivência musical. “A marca dele foi ter vivido tudo o que quis”, constata a filha mais velha, que subirá ao palco grávida de seis meses da primeira filha, Rute.
Julia conta ter aprendido com o pai a cantar aquilo que acredita. Escolheu interpretar em homenagem a Marku as canções Alerta geral, 500 anos, Cabana e calor, Samba sim e Samba pra Lira (com Cristiano Cunha).
Marku Ribas faleceu em decorrência de câncer em abril de 2013, o ano em que completou 50 anos de carreira. Foram 12 álbuns lançados, com destaque para Underground (1973), Marku (1976) e Barrankeiro (1977). Tocou com nomes consagrados como Nara Leão, Djavan, Chico Buarque, João Donato, Tim Maia, Marcelo D2 e Emílio Santiago. A convite de Mick Jagger, em 1984, chegou a gravar com os Rolling Stones no álbum 'Dirty Work'. Trabalhou como ator em filmes como Uma onda no ar e Batismo de sangue, ambos de Helvécio Ratton.
Show de lançamento CD %2bSamba – Marku Ribas
17/12 (quinta-feira), às 22h. A Autêntica.