Os concertos de amanhã e sexta, às 20h30, apresentarão ao público Divertimento, obra sinfônica especialmente encomendada ao compositor André Mehmari. “O título não se refere a uma suposição de humor ou leveza, mas diz sobre a diversidade do discurso musical”, explica o compositor. Quando foi convidado a criar material inédito para o repertório da Filarmônica, o músico paulistano teve duas orientações: que tivesse 18 minutos de duração e explorasse toda a formação da orquestra.
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CAMINHOS
Foram aproximadamente dois meses dedicados a essa criação. Como Mehmari destaca, Divertimento salienta características da contemporaneidade erudita. “Uma sinfonia, hoje em dia, não pressupõe uma forma específica. Hoje, o compositor tem realmente muitos caminhos a seguir”, ressalta. O músico defende mais espaço para criações como essa. “Uma orquestra tem que dar voz aos seus compositores, afinal, tem que se relacionar com seu entorno. Não tem que ser uma bolha”, diz.
O programa a ser apresentado sob a regência do maestro Fabio Mechetti inclui a Sinfonia nº 1 em ré maior, conhecida como Titã, de Mahler, e também o Concerto para violoncelo nº 1 em mi bemol maior, op. 107, de Shostakovich, com participação do violoncelista Antônio Meneses.
“É o concerto que ficou mais popular do Shostakovich. Talvez seja o mais tocado de todos. É uma obra que pega pelo ritmo, pelo preciosismo e, naturalmente, tem um efeito muito especial”, afirma o violoncelista. Esta será a 14ª vez que Meneses participa como solista de um concerto da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e Antônio Meneses
Amanhã e sexta, às 20h30, na Sala Minas Gerais. Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Bairro Barro Preto, (31) 3219-9000
Ingressos: R$ 30 (balcão palco e coro), R$ 40 (mezanino), R$ 500 (balcão lateral), R$ 70 (plateia central) e R$ 90 (balcão principal). Meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos mediante comprovação.