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Lute como uma mulher

Pitty faz show em escola ocupada e elogia ação de meninas nos protestos: ''Esperançosa''

''Fiquei muito feliz em ver as meninas na linha de frente, lado a lado com os meninos, enfrentando a truculência do Estado'', disse cantora

Agência Estado

Mesmo depois de o governo de São Paulo recuar na reorganização escolar para o próximo ano, os estudantes de escolas ocupadas continuam a receber apoio.

Na Escola Estadual Gavião Peixoto, em Perus, acontece nesta segunda-feira, 7, a Virada das Ocupações, com show das cantoras Maria Gadú e Pitty. ''Fiquei esperançosa de ver que essa geração já vem diferente'', declarou baiana aos alunos - Foto: Gabriel Zanlorenssi/Não Fechem Minha Escola/Reprodução de FacebookAntes do show, Pitty destacou a participação feminina nos protestos. "Na rua, eu fiquei muito feliz em ver as meninas na linha de frente. Junto, lado a lado com os meninos, enfrentando a truculência do Estado. Fiquei esperançosa de ver que essa geração já vem diferente", disse a cantora.

 

Mais tarde, Paulo Miklos, vocalista dos Titãs, juntou-se à baiana para uma versão de Polícia, clássico do rock nacional que trata justamente da violência que os militares têm demonstrado na abordagem aos adolescentes em protestos na capital paulista.

 



A estrutura foi montada por voluntários e os shows acontecem dentro da própria escola. Maria Gadú foi a primeira a se apresentar na unidade e cantou uma música que compôs para a ocasião, chamada "trono dos estudantes", em que dizia que os alunos não vão ser trancafiados em "salas" e reprimidos. Com shows nas escolas ocupadas por estudantes contrários à reforma do ensino proposta pelo governo, artistas manifestam apoio a um dos atos populares mais sólidos dos últimos tempos - Foto: Gabriel Zanlorenssi/Não Fechem Minha Escola/Reprodução de FacebookOs shows foram organizados pela ONG Minha Sampa e são voltados para os alunos das ocupações.

"Nós saímos da nossa escola porque houve uma ordem de reintegração de posse, se não teríamos ficado mais. Agora, vamos dar apoio para as outras ocupações", disse Marcus Vinicius Silva, de 17 anos, que ocupou a Escola Francisco Gonçalves Vieira, em Caieiras.

(Imagens da página Não fechem minha escola no Facebook)

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