Ana Cláudia Lomelino é a figura matriarcal do Tono e, inevitavelmente, uma das mulheres que se destacam na produção carioca contemporânea.
Distante das inspirações mais terrenas do Tono, o projeto solo mantém-se próximo ao núcleo criativo do grupo carioca, com produção assinada pelos também membros Bem, Bruno e Domenico Lancellotti.
O show que a artista faz nesta sexta-feira, 4, em Belo Horizonte, lança o projeto de um clipe em série, dividido em capítulos no Youtube. Eu acredito em disco voador, produzido pelo coletivo TVCOCRIATIVA, foi gravado em Capivari, no Vale do Jequitinhonha.
De onde ela vem
Como de costume entre ditadores de tendência, o Tono tem público restrito e se expõe através de artistas com mais apelo popular, que acabam por espalhar o trabalho da banda em regravações e colaborações. É de Ana Cláudia, por exemplo, o vocal da primeira gravação de Como vês, que tornou-se o primeiro grande sucesso de Alice Caymmi depois de virar tema da minissérie Felizes para sempre? (Globo), no início do ano.
Não por acaso, membros do grupo trabalharam nos projetos de reinvenção de alguns brasões da música brasileira, como Gal Costa — a baiana usou os dons de Domenico Lancellotti como compositor em Estratosférica (2015) e o talento de Bruno di Lullo na versão ao vivo de Recanto (2012). No ano que vem, o Tono volta a estúdio e lança o quarto álbum da carreira.
Mãeana
Show de Ana Cláudia Lomelino na festa The Highway Party. Sexta-feira, 4 de dezembro, às 19h30 na Benfeitoria (Rua Sapucaí, 153 - Floresta). Ingressos a R$ 15. Mais informações pela página do evento no Facebook.
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