Arnaldo Baptista acaba de lançar caixa com toda a sua obra solo em CD, mas não cobre dele explicações sobre como apareceram as faixas inéditas do disco Elo perdido ou sobre o processo de recuperação das capas. O ex-Mutante, cantor e compositor dos mais psicodélicos e inquietos do rock nacional, está ocupado demais pensando sobre a era em que vivemos, pintando quadros e ouvindo músicas de antigamente. E praticando bateria, pois seu próximo álbum terá um solo do instrumento e será tocado todo por ele (incluindo guitarra, teclados e baixo).
Esphera será seu sexto disco solo e ainda não tem data de lançamento. Terá 10 músicas e várias já prontas, pois Baptista vai gravando à medida que termina de escrever cada uma, no estúdio que montou em sua casa em Juiz de Fora – ele alterna temporadas entre JF e Belo Horizonte. “Foquei na energia, algo bem profundo. Sou vegetariano e pensei muito nisso durante o processo. Com o vegetarianismo, fico menos bélico e querendo queimar menos as coisas. Será um disco mais abrangente, com música folk e tipo Yes”, resume.
Sobre “queimar coisas”, o artista explica: “Estamos no apogeu da era ígnea, um termo que criei para definir uma mistura de ignição e ignorância. O ser humano se satisfaz apenas queimando coisas. Um exemplo são os combustíveis, usados no lugar da energia solar. Escrevo muito a respeito de energia e ideias como essa devo transformar em letras de músicas. Tenho composto sobre evolução, homem, animais, aprendizado por imitação, macacos”.
Paralelamente, Baptista dedica parte do tempo a ouvir música, o que, aparentemente, não inclui discos lançados recentemente. “Escuto a Rapsódia húngara, de Liszt; Guillaume Tell, de Rossini; os grupos Emerson Lake & Palmer e West, Bruce and Laing, bastante Led Zeppelin e também Elton John. Aliás, treino bateria ouvindo Elton John, é gostoso. Que me venha à cabeça, nada de artistas mais jovens”, conta. Entre os discos que mais tem curtido ultimamente está People, hell and angels, coletânea póstuma de inéditas do guitarrista Jimi Hendrix.
A única exceção são os discos autorais que outros compositores costumam mandar para que ele ouça. “Às vezes, são coisas meio esquisitas. Nem sempre é bom ficar ouvindo”, confessa. Apesar de não tocar nesse assunto, Baptista parece se inquietar com a sensação de perda de tempo. É que a palavra pesquisar, afirma, é o que o motiva a continuar fazendo música. “Encontrar algo e perceber que é maior do que eu imaginava que seria”, completa. Exemplo mais recente: como tocar bateria com dois chimbaus (os pratos duplos de condução do ritmo).
“No caso da música, se você para de tocar por uma semana vai perdendo a técnica. Por isso, toco todo dia. No caso da pintura, a gente pode parar e até voltar um ano depois, ainda melhor”, diz o artista. No caso, ele continua a pintar e diz que a produção é tão constante que as paredes de casa estão repletas de obras. “Exploro estilos, proporções e motivos diferentes. Uso tinta, faço colagens e grudo bastante coisa nos quadros. Quase todo dia pinto um pouco”, afirma.
Esphera será seu sexto disco solo e ainda não tem data de lançamento. Terá 10 músicas e várias já prontas, pois Baptista vai gravando à medida que termina de escrever cada uma, no estúdio que montou em sua casa em Juiz de Fora – ele alterna temporadas entre JF e Belo Horizonte. “Foquei na energia, algo bem profundo. Sou vegetariano e pensei muito nisso durante o processo. Com o vegetarianismo, fico menos bélico e querendo queimar menos as coisas. Será um disco mais abrangente, com música folk e tipo Yes”, resume.
Sobre “queimar coisas”, o artista explica: “Estamos no apogeu da era ígnea, um termo que criei para definir uma mistura de ignição e ignorância. O ser humano se satisfaz apenas queimando coisas. Um exemplo são os combustíveis, usados no lugar da energia solar. Escrevo muito a respeito de energia e ideias como essa devo transformar em letras de músicas. Tenho composto sobre evolução, homem, animais, aprendizado por imitação, macacos”.
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A única exceção são os discos autorais que outros compositores costumam mandar para que ele ouça. “Às vezes, são coisas meio esquisitas. Nem sempre é bom ficar ouvindo”, confessa. Apesar de não tocar nesse assunto, Baptista parece se inquietar com a sensação de perda de tempo. É que a palavra pesquisar, afirma, é o que o motiva a continuar fazendo música. “Encontrar algo e perceber que é maior do que eu imaginava que seria”, completa. Exemplo mais recente: como tocar bateria com dois chimbaus (os pratos duplos de condução do ritmo).
“No caso da música, se você para de tocar por uma semana vai perdendo a técnica. Por isso, toco todo dia. No caso da pintura, a gente pode parar e até voltar um ano depois, ainda melhor”, diz o artista. No caso, ele continua a pintar e diz que a produção é tão constante que as paredes de casa estão repletas de obras. “Exploro estilos, proporções e motivos diferentes. Uso tinta, faço colagens e grudo bastante coisa nos quadros. Quase todo dia pinto um pouco”, afirma.