Orochi passou por Arllan (PA) e Noventa (ES) antes de chegar ao confronto final. Na decisão, ele improvisou no suíngue e, por vezes, as palavras saíam de sua boca em tal velocidade que se assemelhava à uma metralhadora do freestyle. Seu adversário, MC Alves, com rimas mais conscientes, também mandou bem. O público, dividido e alucinado, quase implorou pelo terceiro round.
“O sonho de todo MC é ganhar essa parada. E esse é sem dúvida o maior evento de rap que tem no Brasil. Milhares de pessoas lhe vendo. E a visibilidade que vai proporcionar para o meu trabalho é grande.
Apesar da grande torcida do público, Clara Lima, representante de Minas Gerais, perdeu para MC Noventa (ES) ainda na primeira fase. O duelo foi acirrado, mas o competidor capixaba acabou rimando melhor.
Mina no mic Grande destaque da programação foi o show da rapper Bárbara Sweet. Com um discurso feminista, reafirmando o lugar da mulher no hip-hop, Sweet dividiu o palco com diversas rappers de BH. Negra Lud, Sarah Guedes, Clara Lima, Paula Ituassu, Kaká e Paige, além do trio Lipstick, agitaramo público presente. Nivea Sabino, artista que participa de campeonatos de poesia falada (poetry slam), mandou o recado: “MC Machista será cobrado na pista”.
A tarde de comemoração do hip-hop ainda contou com o show da dupla Dokttor Bhu e Shabê, que apresentou a nova música Contraplano, uma crítica à corrupção institucionalizada. A faixa estará disponível on-line na fan page nesta segunda-feira. Viber e Binho Barreto representaram o grafite, enquanto os DJs Junin Bumbep e Sense ditaram o beat.
.