“Fui atrás das editoras de todas as músicas da banda e, quando consegui reunir todas as autorizações, lançamos o disco. O recolhimento que estamos tendo do direito conexo como intérpretes, que é bem mais baixo que o do autor, está dando retorno tão interessante que estamos tendo a possibilidade de reinvestir nesse segundo trabalho”, conta Daniel Lima, vocalista, guitarrista e violonista da banda, além de produtor musical e engenheiro de áudio.
A proposta da banda, conta ele, é tocar as músicas o mais próximo possível das versões originais. E quase todas as canções do grupo fazem parte do repertório, continua: “Algumas, muito malucas, tocamos apenas uma vez. Além disso, em cima do palco, nos permitimos algum improviso, que é o que eles também fazem no palco”.
Apesar de tocar instrumentos, Lima diz que prefere se concentrar nos vocais. “Até porque a performance do Eddie Vedder é uma coisa bem física”, afirma.
Sobre Lightning bolt, disco mais recente do Pearl Jam, Lima achou “sensacional”: “Caminharam para um lado mais palatável. De certa forma, ficou mais pop, o que não é demérito nenhum. Faz parte do posicionamento deles de terem se colocado mais abertos para o público e mídia. Hoje, fazem canções muito mais bem feitas do que faziam antes, por isso acho que estão no topo. Em termos de engenharia de áudio, eles estão mais 'state of art', as músicas estão melhor gravadas do que antes”.
A Singles tem feito dois ou três shows por semana em BH, passando por casas como Circus, Jack, Lord, Studio Bar e Amsterdan. “Também tocamos muito em Conselheiro Lafaiete”, conta Lima. Este ano, o grupo fez somente shows duplos (sem dividir a noite com outras bandas), cada um com três horas de duração. “É fácil, porque eles têm músicas demais”, diz. Para ano que vem, a intenção é programar shows em teatros e ao ar livre. “Estamos reinventando para não ficar sempre na mesma coisa”, define o vocalista..