Maguá lança hoje, às 20h, no Mercado Distrital do Cruzeiro, no bairro de mesmo nome, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, o segundo disco: Esquema fino. O título soma referências aos discos Esquema novo, de Jorge Benjor, e Esporte fino, de Seu Jorge. Evocações, explica o mineiro, contando que o fio condutor do trabalho é o samba rock, consideração com balanço e vontade de fazer crônica do cotidiano contemporâneo. Acrescentam-se, como observa o próprio artista, temperos que remetem aos batuques de Marku Ribas, o patriarca dos independentes de Minas Gerais.
“Fiz disco que une classes sociais, gêneros, morro e asfalto e, inclusive, Rio, São Paulo e Minas”, conta Maguá, observando que o trabalho reuniu gente de vários lugares. O interesse pela variedade de ritmos, exemplifica, são Estagiário, Fofoqueira, Beleza só, entre outras. Trata-se, explica, de disco feito com todo o capricho, com bons parceiros, excelentes instrumentistas, gravado por técnicos muito qualificados. A contemporaneidade, para o mineiro, tem musas: a garota Zona Sul que vai na favela e vice-versa, uma e outra marcando presença no pagode e também no funk.
GUSTAVO MAGUÁ
Show de lançamento do disco Esquema fino. Nesta sexta-feira, às 20h, Mercado Distrital do Cruzeiro, Rua Opala, s/nº, Cruzeiro, (31) 3284-0709. R$ 35
As múltiplas referências musicais são parte da história do cantor e compositor mineiro Gustavo Maguá. Ele ouviu os bambas da música brasileira com o pai. Adolescente, conheceu o pop rock, frequentou rodas, participou do projeto musical Arautos do Gueto. Já dividiu o palco como convidado de Aline Calixto, da cubana Tereza Morales, de Warley Henrique e de shows do pessoal do jazz mineiro, além de ter ensaiado resgate da gafieira. O primeiro disco (Vol. 1) de Maguá teve participação de Flávio Renegado. Atualmente, ele tem feito shows no Rio e em São Paulo.