Seu nome saiu dos bastidores semana passada para ressurgir no front de um tiroteio. Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, guitarrista e baterista remanescentes da Legião, estavam com um box pronto para ser lançado. Uma caixa que traria o CD da Legião de 1985, o primeiro do grupo, e outro com material inédito, sobras de estúdio e uma canção chamada 1977, que a Legião jamais gravou e que daria origem a outras duas músicas, Fábrica e Tempo Perdido. A canção 1977, então, se tornou objeto de disputa.
Manfredini diz que a música foi feita apenas por seu pai, sem participação dos outros integrantes. "Eu tenho como provar, e essas provas serão usadas na Justiça, já que o Dado está me ameaçando de processo", diz. Sendo assim, os direitos autorais seriam apenas do próprio herdeiro.
Dado e Bonfá não concordam.
Giuliano Manfredini, em entrevista ao Estadão, acusou novamente os outros integrantes do grupo de tentarem se apropriar indevidamente da canção, falou sobre outros projetos que envolvem o nome de seu pai, disse que ainda tem muito material inédito a ser conhecido e deu sua opinião sobre a atual temporada de shows que Dado e Marcelo Bonfá fazem pelo Brasil com o vocalista André Frateschi como forma de homenagear a Legião Urbana.
Qual sua opinião sobre os shows que Dado e Bonfá fazem com o repertório da Legião?
Olha... (longa pausa). Eu nunca tive qualquer objeção com relação a eles tocarem Legião Urbana, fazerem turnês... Minha política é de fomento. Quanto mais se toca a obra do meu pai, melhor. Mas tem uma coisa, eu não acho que exista Legião Urbana sem Renato Russo.
Mas eles dizem que não estão substituindo Renato nem retomando a Legião.
Se quisessem mesmo fazer dessa forma, apenas deveriam deixar isso mais claro. Uma hora dizem que é uma coisa, outra dizem que é a volta da Legião com um vocalista substituindo Renato. Acho que é preciso ser mais sincero.
O que achou da experiência com o Wagner Moura (em 2012, Wagner cantou com Dado e Bonfá em show da MTV)?
Como falei, Legião Urbana sem Renato não existe..