Quando Jean-Michel Jarre ajudou a criar a música eletrônica nos anos 70, seu som foi revolucionário. Agora que o gênero se estabilizou e é parte da cultura pop, ele tenta rastrear esta evolução. Em álbum lançado nesta sexta-feira, 16, - primeiro conteúdo novo de Jarre em oito anos -, o artista francês convoca colegas que considera fundamentais para a música eletrônica e os reuniu em estúdios para exibir seus estilos únicos.
Na maioria dessas colaborações, "alguém enviou um arquivo para outro alguém completamente desconhecido e tudo aconteceu de maneira abstrata, às vezes mais por razões de mercado do que por qualquer outro motivo", disse Jarre à AFP durante uma visita à Nova York.
"Para este projeto tomamos por base a ideia de viajar fisicamente para nos conhecer, unir nossos DNA's no estúdio, e não através de representantes ou advogados", explicou. Jarre afirmou que elegeu para seu álbuns artistas "que têm um elemento atemporal, esse tipo de som orgânico que se reconhece instantaneamente".
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Logo atraiu enormes multidões a suas elaboradas atuações cheias de efeitos de luz. Seu show de 1997 para celebrar o 850° aniversário de Moscou atraiu 3,5 milhões de pessoas e foi transmitido ao vivo na estação espacial russa.
Aos 67 anos, Jarre passou a maior parte das últimas quatro décadas trabalhando sozinho em seu estúdio nos subúrbios de Paris, rodeado por computadores, teclados e outros instrumentos de sua carreira, exceto sua famosa "harpa laser".
Para a faixa mais importante do álbum, Jarre viajou à Áustria para trabalhar com Tangerine Dream, o grupo alemão também pioneiro da música eletrônica nos anos 1970. O líder de Tangerine Dream, Edgar Froese, morreu em janeiro aos 70 anos e seu trabalho com Jarre é o último de sua carreira.
A música Zero gravity remonta aos clássicos tanto de Tangerine Dream quanto de Jarre, com suas progressões eletrônicas estáveis que se transformam em um tipo diferencial de "música ambiente".