Um verdadeiro showman. Assim era Luiz Carlos Miele, de 77 anos, que morreu na manhã de ontem, no Rio de Janeiro, vítima de mal súbito. Anita, mulher do produtor musical e diretor, com quem foi casado por 50 anos, encontrou-o caído no chão do escritório da casa do casal, em São Conrado. O enterro está previsto para hoje, no Cemitério do Caju, na Zona Norte da capital fluminense.
“Paulioca”, como costumava se definir, pois nasceu em São Paulo e morava na capital fluminense desde a década da 1960, Miele contou, em sua última entrevista ao Estado de Minas, em 2012, que passaria as tardes no Rio e as noites na capital paulista, se pudesse. Naquela época, ele fazia vários trabalhos como ator. Havia acabado de participar da minissérie O brado retumbante, na TV Globo, no papel de um senador corrupto, e de Mandrake, seriado do canal pago HBO. Sem falar que estava em cartaz em dois filmes: As aventuras de Agamenon – o repórter e Os penetras. Ano passado, Miele atuou na novela Geração Brasil, também na Globo, e participou do quadro “Dança dos famosos”, no Domingão do Faustão. Sua última participação na TV ocorreu em setembro, no humorístico Tomara que caia.
Conhecido como um dos maiores produtores da bossa nova, na década de 1970, formou dupla com o compositor Ronaldo Bôscoli, responsável por produzir espetáculos musicais memoráveis na televisão. A parceria Miele-Bôscoli foi tão profícua, que teve quem achasse que se tratava até de um sobrenome. “Virei Luiz Carlos Miele Bôscoli. A Elis mesmo, que se casou com ele, recebia correspondências com o nome: Elis Regina Carvalho Miele Bôscoli. Era engraçado. Produzimos mais de 80 eventos diferentes. Alguns foram sucesso, e outros, uma maldição, mas a maioria foi bem-sucedida”, declarou. Teve passagens pela Rede Globo, TV Tupi, SBT e Record. Entre os principais artistas que produziu estão Elis Regina, Roberto Carlos, Wilson Simonal e Sergio Mendes. Além da produção, foi ator, cantor, comediante, mestre de cerimônias, empresário e apresentador de TV, mas o que ele mais gostava de fazer, como costumava apregoar, era sucesso.
BIOGRAFIA
Luiz Carlos Miele começou sua carreira ainda menino, influenciado pela mãe, a cantora e instrumentista Irma Miele, cujo nome artístico era Regina Macedo. Os primeiros passos foram como ator de rádio numa emissora de São Vicente, no litoral de São Paulo. E não parou mais. Em 1976, após a morte do humorista Manuel de Nóbrega, passou a apresentar A praça da alegria, na Globo. Ainda na televisão, atuou na direção e produção dos programas musicais Noite de gala e Cara & coroa (com Dori Caymmi e Sílvia Telles), na TV Rio; Dois no balanço (jazz e bossa nova), Se meu apartamento falasse (com Cyl Farney e Odete Lara), Rio Rei, Os 7 pecados (com Fernando Barbosa Lima) e Musical em bossa 9, na TV Excelsior; O fino da bossa, Show em Simonal e Elis Especial, na TV Record; Alô Dolly, Dick & Betty 17 (com Dick Farney e Betty Faria), Fantástico (direção musical), Elis especial, Sandra & Miele, Cem anos de espetáculo, Viva Marília, Planeta dos homens, e Batalha dos astros, além de festivais de música, na Rede Globo.
No SBT/Alterosa, apresentou Cocktail. Miele é considerado o pioneiro do rap no Brasil, quando lançou, em 1980, o Melô do tagarela, versão em português da música Rappers delight, que o trio norte-americano Sugarhill Gang lançou no ano anterior.
Nas redes sociais, várias personalidades lamentaram a morte do artista. O produtor João Marcelo Bôscoli, filho de Elis e Ronaldo Bôscoli, disse que Miele não era um saudosista e estava sempre pensando em seu próximo projeto. “Uma das figuras mais importantes para o entretenimento brasileiro, como diretor de shows. Um grande contador de histórias. Era um paulista muito carioca.”
O humorista Hélio de La Peña tuitou: “Miele, the one man show brasileiro. Um mestre em entreter plateias. Grande figura!”. O comediante Marcelo Adnet declarou: “Meu amigo Miele. Enciclopédia, gênio, contador de histórias, boêmio e boa praça. Deixa muita saudade e também sua marca na história”. Já o ator Mateus Solano, que interpretou Bôscoli na minissérie Maysa, postou: “Faça uma linda viagem, Miele... Obrigado por tudo. Tomara que encontre o velho Bôscoli para tomar uma.” (Com agências de notícias)
“Paulioca”, como costumava se definir, pois nasceu em São Paulo e morava na capital fluminense desde a década da 1960, Miele contou, em sua última entrevista ao Estado de Minas, em 2012, que passaria as tardes no Rio e as noites na capital paulista, se pudesse. Naquela época, ele fazia vários trabalhos como ator. Havia acabado de participar da minissérie O brado retumbante, na TV Globo, no papel de um senador corrupto, e de Mandrake, seriado do canal pago HBO. Sem falar que estava em cartaz em dois filmes: As aventuras de Agamenon – o repórter e Os penetras. Ano passado, Miele atuou na novela Geração Brasil, também na Globo, e participou do quadro “Dança dos famosos”, no Domingão do Faustão. Sua última participação na TV ocorreu em setembro, no humorístico Tomara que caia.
Conhecido como um dos maiores produtores da bossa nova, na década de 1970, formou dupla com o compositor Ronaldo Bôscoli, responsável por produzir espetáculos musicais memoráveis na televisão. A parceria Miele-Bôscoli foi tão profícua, que teve quem achasse que se tratava até de um sobrenome. “Virei Luiz Carlos Miele Bôscoli. A Elis mesmo, que se casou com ele, recebia correspondências com o nome: Elis Regina Carvalho Miele Bôscoli. Era engraçado. Produzimos mais de 80 eventos diferentes. Alguns foram sucesso, e outros, uma maldição, mas a maioria foi bem-sucedida”, declarou. Teve passagens pela Rede Globo, TV Tupi, SBT e Record. Entre os principais artistas que produziu estão Elis Regina, Roberto Carlos, Wilson Simonal e Sergio Mendes. Além da produção, foi ator, cantor, comediante, mestre de cerimônias, empresário e apresentador de TV, mas o que ele mais gostava de fazer, como costumava apregoar, era sucesso.
BIOGRAFIA
Luiz Carlos Miele começou sua carreira ainda menino, influenciado pela mãe, a cantora e instrumentista Irma Miele, cujo nome artístico era Regina Macedo. Os primeiros passos foram como ator de rádio numa emissora de São Vicente, no litoral de São Paulo. E não parou mais. Em 1976, após a morte do humorista Manuel de Nóbrega, passou a apresentar A praça da alegria, na Globo. Ainda na televisão, atuou na direção e produção dos programas musicais Noite de gala e Cara & coroa (com Dori Caymmi e Sílvia Telles), na TV Rio; Dois no balanço (jazz e bossa nova), Se meu apartamento falasse (com Cyl Farney e Odete Lara), Rio Rei, Os 7 pecados (com Fernando Barbosa Lima) e Musical em bossa 9, na TV Excelsior; O fino da bossa, Show em Simonal e Elis Especial, na TV Record; Alô Dolly, Dick & Betty 17 (com Dick Farney e Betty Faria), Fantástico (direção musical), Elis especial, Sandra & Miele, Cem anos de espetáculo, Viva Marília, Planeta dos homens, e Batalha dos astros, além de festivais de música, na Rede Globo.
No SBT/Alterosa, apresentou Cocktail. Miele é considerado o pioneiro do rap no Brasil, quando lançou, em 1980, o Melô do tagarela, versão em português da música Rappers delight, que o trio norte-americano Sugarhill Gang lançou no ano anterior.
Nas redes sociais, várias personalidades lamentaram a morte do artista. O produtor João Marcelo Bôscoli, filho de Elis e Ronaldo Bôscoli, disse que Miele não era um saudosista e estava sempre pensando em seu próximo projeto. “Uma das figuras mais importantes para o entretenimento brasileiro, como diretor de shows. Um grande contador de histórias. Era um paulista muito carioca.”
O humorista Hélio de La Peña tuitou: “Miele, the one man show brasileiro. Um mestre em entreter plateias. Grande figura!”. O comediante Marcelo Adnet declarou: “Meu amigo Miele. Enciclopédia, gênio, contador de histórias, boêmio e boa praça. Deixa muita saudade e também sua marca na história”. Já o ator Mateus Solano, que interpretou Bôscoli na minissérie Maysa, postou: “Faça uma linda viagem, Miele... Obrigado por tudo. Tomara que encontre o velho Bôscoli para tomar uma.” (Com agências de notícias)