Madonna está de novo na área com a turnê Rebel heart. A convite da coluna HIT, do Estado de Minas, o mineiro Gustavo Greco, diretor da Greco Design, conta como foi a apresentação de Madge em Chicago, no meio da semana. Por enquanto, não há previsão de shows no Brasil. Até 27 de março, ela vai passar pelos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Europa, Ásia e Austrália.“Depois de esperar quase duas horas, as luzes da arena lotada se apagam. O filme dirigido por Steven Klein mostra imagens de Madonna a Marilyn Monroe, com participações de Mike Tyson. É quando a dona da noite incita a revolução e pergunta: ‘Quem vem comigo?’. Um exército empunhando cruzes surge no palco e recebe Madonna, que desce do teto dentro de uma gaiola e inicia o show com Iconic.
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Segue-se uma explosão de música, dança e, como não poderia faltar, erotismo e provocações religiosas. Ao cantar Holy water, ela surge com seis dançarinas vestidas como freiras, mas apenas de calcinha e sutiã. Grandes cruzes servem de postes de pole dance. Nessa hora, ela prova que seus 57 anos não a impedem de cantar, enquanto rodopia sustentada apenas pela força dos braços. A música termina com uma releitura da Santa Ceia. Bailarinos seminus fazem as vezes de Jesus e seus apóstolos.
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Rebel heart não é a turnê mais inovadora da pop star. Se levarmos em consideração a crítica de que o último álbum é muito autorreferente, isso até faz sentido. Madonna parece ter optado por um show para cima, colorido, que celebra os principais momentos de sua trajetória. Repleto de hits, deixa a plateia ligada do início ao fim.
Tem Burning up com Madonna na guitarra; La isla bonita, no já visto momento cigano; e um bis, mais clássico impossível, com Holiday. Tem Deeper and deeper, True blue, Who’s that girl e até medley com Dress you up, Into the groove, Lucky star e Everybody.
As japonesas Aya Sato e Bambi dão seu recado em coreografias inspiradas no voguing, reforçando o gosto de Madonna por movimentos contemporâneos – para ela, uma espécie de fonte de juventude.Estilistas mais jovens, embora de supermarcas do mundo da moda, criaram os figurinos. E isso Madonna faz como ninguém. Só ela faz parecer muito simples juntar no mesmo palco criações de Alessandro Michele (Gucci), Prada, Jeremy Scott (Moschino) e Fausto Puglisi.
Por falar em palco, a passarela em forma de cruz termina num grande coração, no meio da plateia. Telões se alternam de horizontais para totalmente verticais e os filmes produzidos para eles servem de catalisadores perfeitos para acelerar a reação do público.
Você pode até não gostar de Madonna. E dizer ‘ah, ela está velha!’. Mas é incontestável: a material girl conseguiu se manter no topo de uma carreira que dura 33 anos, com 10 turnês, 13 álbuns e 520 milhões de discos vendidos. Seu segredo, como o das grandes marcas, é se reinventar sem perder de vista a essência. Parafraseando o nome de uma de suas canções, Bitch, she’s Madonna!”