Houve trabalhos em parceria – Pequeno cidadão e A curva na cintura –; ao vivo – Ao vivo lá em casa e Acústico MTV –; e mais um álbum de carreira – Disco. Havia chegado a hora de dar um tempo. E foi isso que ele fez. Pela primeira vez na vida, tirou um período sabático (cinco meses), em que viajou de Rishikeshi (Índia) a Nova York, com períodos ainda na Itália (Milão e Roma) e em Paraty.
Em férias, mas a pleno vapor, o resultado dessa temporada está retratado em Já é, seu novo álbum. “(Até então) eu tirava férias de um mês. E percebia que compunha mais nas férias, mais espontaneamente”, conta. Viajando para todos esses lugares – com uma parada em São Paulo entre um lugar e outro –, ele chegou a 25 canções. Quinze delas entraram no disco.
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“Nunca tinha trabalhado com a galera do Rio, ainda que alguns músicos tenham participado de discos meus. O processo foi muito leve. Eu e o Kassin tivemos muita afinidade”, diz Arnaldo. Entre os nomes reincidentes estão Marcelo Jeneci e Carlinhos Brown. Entre os novos, Domenico Lancelotti, Pedro Sá e Stephane San Juan.
As viagens de Arnaldo pelo Brasil e pelo mundo interferiram diretamente nas letras. Há um quê de carpe diem na canção de abertura, Põe fé que já é (parceria de Arnaldo com Betão Aguiar e André Lima); um ar jocoso em O meteorologista (com letra narrativa, que dialoga com o momento jovem-guardista de Iê iê iê); e até um momento mais lírico, marcado por Dança (composta com Marisa Monte).
“(A composição) não é nada programada. Às vezes pintam letra e melodia, noutras eu posso musicar uma melodia que me dão. E há também as mais íntimas, espontâneas, que faço com a Marisa (parceira dele em três faixas, participou de Peraí, repara), em que letra e melodia saem juntas”, conta Arnaldo.
A sonoridade de Já é também reflete a diversidade com que o trabalho foi gerado. Saudade farta é pura bossa, enquanto Óbitos é um reggae bem tradicional. As estrelas sabem, última a entrar no disco (parceria com Zé Miguel Wisnik, foi a única gravada em São Paulo) é uma balada de piano e violoncelo (a cargo de Jaques Morelenbaum). As estrelas cadentes tem sonoridade pop, Só solidão é um samba bem lento.
Além do álbum, Arnaldo também lançou neste ano um livro (Agora aqui ninguém precisa de si, compilação de poemas) e exposição (Palavra em movimento, que reúne boa parte de sua produção de vídeos, colagens, objetos poéticos produzidos em 30 anos de carreira). Ainda estreou a nova turnê, que por ora não tem data agendada para BH. “Foi tudo ao mesmo tempo agora”, diz Arnaldo. Já é.