Arnaldo Antunes sempre foi prolífico. Mas, a partir de 2009, sua produção discográfica se intensificou. Depois do celebrado Iê iê iê, praticamente emendou um álbum no outro, lançando ao menos um por ano.
Houve trabalhos em parceria – Pequeno cidadão e A curva na cintura –; ao vivo – Ao vivo lá em casa e Acústico MTV –; e mais um álbum de carreira – Disco. Havia chegado a hora de dar um tempo. E foi isso que ele fez. Pela primeira vez na vida, tirou um período sabático (cinco meses), em que viajou de Rishikeshi (Índia) a Nova York, com períodos ainda na Itália (Milão e Roma) e em Paraty.
Em férias, mas a pleno vapor, o resultado dessa temporada está retratado em Já é, seu novo álbum. “(Até então) eu tirava férias de um mês. E percebia que compunha mais nas férias, mais espontaneamente”, conta. Viajando para todos esses lugares – com uma parada em São Paulo entre um lugar e outro –, ele chegou a 25 canções. Quinze delas entraram no disco.
Arnaldo viajou de dezembro de 2014 até maio. Em junho e julho, gravou o álbum. Como havia feito diferente na composição, resolveu fazer diferente também na gravação. No lugar de São Paulo, onde tradicionalmente registra seus álbuns, gravou no Rio de Janeiro. E, pela primeira vez, sob o leme de Kassin.
“Nunca tinha trabalhado com a galera do Rio, ainda que alguns músicos tenham participado de discos meus. O processo foi muito leve. Eu e o Kassin tivemos muita afinidade”, diz Arnaldo. Entre os nomes reincidentes estão Marcelo Jeneci e Carlinhos Brown. Entre os novos, Domenico Lancelotti, Pedro Sá e Stephane San Juan.
As viagens de Arnaldo pelo Brasil e pelo mundo interferiram diretamente nas letras. Há um quê de carpe diem na canção de abertura, Põe fé que já é (parceria de Arnaldo com Betão Aguiar e André Lima); um ar jocoso em O meteorologista (com letra narrativa, que dialoga com o momento jovem-guardista de Iê iê iê); e até um momento mais lírico, marcado por Dança (composta com Marisa Monte).
“(A composição) não é nada programada. Às vezes pintam letra e melodia, noutras eu posso musicar uma melodia que me dão. E há também as mais íntimas, espontâneas, que faço com a Marisa (parceira dele em três faixas, participou de Peraí, repara), em que letra e melodia saem juntas”, conta Arnaldo.
A sonoridade de Já é também reflete a diversidade com que o trabalho foi gerado. Saudade farta é pura bossa, enquanto Óbitos é um reggae bem tradicional. As estrelas sabem, última a entrar no disco (parceria com Zé Miguel Wisnik, foi a única gravada em São Paulo) é uma balada de piano e violoncelo (a cargo de Jaques Morelenbaum). As estrelas cadentes tem sonoridade pop, Só solidão é um samba bem lento.
Além do álbum, Arnaldo também lançou neste ano um livro (Agora aqui ninguém precisa de si, compilação de poemas) e exposição (Palavra em movimento, que reúne boa parte de sua produção de vídeos, colagens, objetos poéticos produzidos em 30 anos de carreira). Ainda estreou a nova turnê, que por ora não tem data agendada para BH. “Foi tudo ao mesmo tempo agora”, diz Arnaldo. Já é.
Houve trabalhos em parceria – Pequeno cidadão e A curva na cintura –; ao vivo – Ao vivo lá em casa e Acústico MTV –; e mais um álbum de carreira – Disco. Havia chegado a hora de dar um tempo. E foi isso que ele fez. Pela primeira vez na vida, tirou um período sabático (cinco meses), em que viajou de Rishikeshi (Índia) a Nova York, com períodos ainda na Itália (Milão e Roma) e em Paraty.
Em férias, mas a pleno vapor, o resultado dessa temporada está retratado em Já é, seu novo álbum. “(Até então) eu tirava férias de um mês. E percebia que compunha mais nas férias, mais espontaneamente”, conta. Viajando para todos esses lugares – com uma parada em São Paulo entre um lugar e outro –, ele chegou a 25 canções. Quinze delas entraram no disco.
Arnaldo viajou de dezembro de 2014 até maio. Em junho e julho, gravou o álbum. Como havia feito diferente na composição, resolveu fazer diferente também na gravação. No lugar de São Paulo, onde tradicionalmente registra seus álbuns, gravou no Rio de Janeiro. E, pela primeira vez, sob o leme de Kassin.
“Nunca tinha trabalhado com a galera do Rio, ainda que alguns músicos tenham participado de discos meus. O processo foi muito leve. Eu e o Kassin tivemos muita afinidade”, diz Arnaldo. Entre os nomes reincidentes estão Marcelo Jeneci e Carlinhos Brown. Entre os novos, Domenico Lancelotti, Pedro Sá e Stephane San Juan.
As viagens de Arnaldo pelo Brasil e pelo mundo interferiram diretamente nas letras. Há um quê de carpe diem na canção de abertura, Põe fé que já é (parceria de Arnaldo com Betão Aguiar e André Lima); um ar jocoso em O meteorologista (com letra narrativa, que dialoga com o momento jovem-guardista de Iê iê iê); e até um momento mais lírico, marcado por Dança (composta com Marisa Monte).
“(A composição) não é nada programada. Às vezes pintam letra e melodia, noutras eu posso musicar uma melodia que me dão. E há também as mais íntimas, espontâneas, que faço com a Marisa (parceira dele em três faixas, participou de Peraí, repara), em que letra e melodia saem juntas”, conta Arnaldo.
A sonoridade de Já é também reflete a diversidade com que o trabalho foi gerado. Saudade farta é pura bossa, enquanto Óbitos é um reggae bem tradicional. As estrelas sabem, última a entrar no disco (parceria com Zé Miguel Wisnik, foi a única gravada em São Paulo) é uma balada de piano e violoncelo (a cargo de Jaques Morelenbaum). As estrelas cadentes tem sonoridade pop, Só solidão é um samba bem lento.
Além do álbum, Arnaldo também lançou neste ano um livro (Agora aqui ninguém precisa de si, compilação de poemas) e exposição (Palavra em movimento, que reúne boa parte de sua produção de vídeos, colagens, objetos poéticos produzidos em 30 anos de carreira). Ainda estreou a nova turnê, que por ora não tem data agendada para BH. “Foi tudo ao mesmo tempo agora”, diz Arnaldo. Já é.