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Aliás, Daniel foi o responsável por lembrar o pai de outras formas. Ele dirigiu o show 'Moleque Gonzaguinha – 70 anos', que percorreu algumas cidades do Brasil, e está por trás de alguns discos-tributos, como o da irmã Fernanda Gonzaga, 'Toda pessoa pode ser invenção', que será lançado em show no fim de outubro, em Belo Horizonte. “O nome do projeto é um verso de 'Relativo', uma das músicas inéditas do meu pai que gravei. Acho que esse título expressa muito bem ele, o meu momento de retorno, já que fiquei um tempo sem cantar, e toda a concepção do disco”, comenta Fernanda, que integrou o grupo Chicas com a irmã Amora.
O álbum, que foi produzido por meio de uma “vaquinha” na internet, traz outra composição inédita, 'Aprender a sorrir', além de pérolas como 'Pessoa' e 'Plano de voo'. Fernanda Gonzaga está também pesquisando material para um musical sobre o pai, que deve ser finalizado em 2016. “Acho que ele ainda está bem presente, porque suas letras são muito fortes e atuais. Ele e sua obra tinham uma verdade rara, e cada vez mais há uma carência de cantores e compositores assim”, justifica.
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Foi no escritório do marido mantido em sua casa – e praticamente o mesmo com os móveis construídos por ele, seus livros, vinis, troféus, discos de ouro, fotos, presentes dos fã e até seu diploma de economia – que ela e a única filha Mariana conversaram com a reportagem do Estado de Minas. Em determinados momentos, as duas se emocionaram bastante. “Gonzaga faz falta toda hora. Não há um só dia em que eu não pense nele”, desabafa Lelete. “As pessoas comentam que a saudade melhora ao longo do tempo, mas não é verdade. Só piora. Eu perdi a pessoa mais importante da minha vida.”
PESQUISADOR
Dois reinos
"Os 70 anos de Gonzaguinha representam uma página de honra da música popular contemporânea, embora sua obra seja dos anos 1960, 1970 e 1980. Suas canções continuam cada vez mais vivas e cantadas por grandes intérpretes. Sem falar que vira e mexe estão na trilha de novelas e filmes. O artista seguiu essa via eterna da música de qualidade, especialmente nas décadas de 1970 e 1980, com composições românticas aliadas a um repertório que dialoga com o pensamento. Não é uma música marcada pelo tempo, muito menos datada; ela é permanente e atual. O mais interessante é que ele respeitou o pai no sentido orgânico e seguiu outro caminho também de sucesso, o que é raro. Geralmente, pai e filho comungam de um mesmo viés estético, mas nesse caso os reinos dos dois Gonzagas são diversos e sedutores. E seus herdeiros cumprem esse legado musical. Infelizmente, Gonzaguinha morreu no auge de sua criatividade e acredito que se ainda estivesse aqui continuaria a ter um sucesso talvez até maior e a ser uma das lideranças mais efusivas da nossa música, como Gil, Caetano, Chico e Milton.”