O cara já foi vocalista e baixista do Deep Purple e também comandou o microfone do Black Sabbath. Isso sem contar em trabalhos com Trapeze, Yngwie Malmsteen e Joe Lynn Turner. E pela primeira vez, Glenn Hughes, considerado a voz do rock, estará na capital mineira, em 21 de agosto, às 21h, no Music Hall. E a julgar pelo repertório (ele se apresentou em Limeira-SP, São Paulo e Porto Alegre, e ainda toca em Curitiba e Rio de Janeiro), quem for vai ouvir muitos clássicos de Purple, Whitesnake e várias músicas de sua carreira solo.
“Estou realmente ansioso para tocar em Belo Horizonte! Eu ouvi que é uma fantástica cidade roqueira”, disse, ao Uai. Aos 62 anos, ele não dá sinais de que irá abandonar os palcos. Em 2009, ao lado do baterista Jason Bonham, do tecladista Derek Sherinian e do guitarrista Joe Bonamassa, Hughes formou o supergrupo Black Country Communion, que encerrou suas atividades em 2013. Na sequência, o baixista montou o California Breed, também com Bonham e com o guitarrista Andrew Watt. Eles gravaram um disco e, em janeiro deste ano, anunciaram o término.
Segundo o músico, os dois projetos não duraram mais tempo pelo mesmo motivo. “Fiz três álbuns com o Black Country Communion e fiquei bastante orgulhoso do sucesso que conquistamos. Infelizmente, o Joe Bonamassa não queria fazer uma turnê. Então eu deixei a banda. Fazer turnê é a única forma de avançar na minha vida. Já o California Breed lançou um álbum, mas Jason Bonham não queria fazer uma turnê. Então, para mim, era hora de voltar a ser um artista solo.”
Sobre sua banda atual, ele, obviamente, assumiu o baixo e o vocal, e conta com um grande nome na guitarra: Doug Aldrich, integrante do Whitesnake entre 2003 e março de 2014, quando deixou a banda de David Coverdale para seguir carreira solo. Ele ainda tocou nas bandas Dio, Lion, Hurricane, entre outras. “Ter Doug Aldrich na minha banda é um grande reforço, muito bem-vindo”, comemorou. “Os ensaios foram ótimos, Doug se encaixou muito bem na banda. Além disso, Pontus Engborg, meu baterista solo, está de volta, e a bateria está em chamas”, brincou. Engborg já tocou, entre outros, com Steve Augeri (ex-Journey), Jimi Jamison (Survivor), Fergie Fredriksen (ex-Toto), Eric Martin (Mr.Big) e Joe Lynn Turner (ex-Deep Purple/Rainbow).
Obviamente, por já ter passado por Deep Purple e Black Sabbath, Hughes não escapa de perguntas óbvias. Não menos óbvias são as respostas quando se trata das lendárias bandas de Ian Gillan e Tony Iommi. “Eu amei meu tempo no Deep Purple e no Black Sabbath. E meu tempo no Trapeze, como um adolescente, me deu inspiração para avançar com uma vida de música e para cantar”, lembra. Ele esteve no Trapeze de 69 a 74 e depois em 1991 e em 1994.
Quem acompanha a carreira de Glenn Hughes, já percebeu que ele é alucinado pelas redes sociais, principalmente o Twitter (@glenn_hughes). O músico não passa um dia sequer sem postar dezenas de fotos, mensagens, e compartilhar textos de outras pessoas, que tenham seu nome ou sua carreira relacionados. “Sou eu nas redes sociais. Tenho uma equipe que trabalha na internet, mas sou eu, pessoalmente, que responde a todas as perguntas dos meus fãs. Acredito que minha conexão com os fãs é extremamente importante para mim como ser humano e para minha carreira”, frisou. “Eu adoro o dom da música, é a chave da minha alma.”
FORA DA MÚSICA Alucinado por futebol, Glenn Hughes, que torce para o inglês Wolverhampton, um clube localizado na cidade de mesmo nome e sem grandes títulos na Inglaterra, esteve no Brasil no ano passado, acompanhando a seleção de seu país na Copa do Mundo. Para sua decepção, o English Team não conseguiu passar sequer pela primeira fase, em um grupo que tinha, ainda, Itália, Costa Rica e Uruguai. “Eu vim para o Rio em 2014 para ver a Copa do Mundo e fui a muitos jogos. Sou um enorme fã de futebol. Eu cresci como qualquer outro jovem no Reino Unido, vendo Pelé jogar. Eu encontrei meu herói ano passado no Rio e agora a carreira de Pelé está sendo gerenciada pelo meu amigo Paul Kemsley, em Los Angeles.”
Hughes, aliás, vive atualmente naquela cidade norte-americana. Mas isso não é empecilho para acompanhar sua equipe de coração. “Moro em Los Angeles, mas posso entrar em um avião e voar para a Inglaterra para ver meu time jogar. Sou fanático pelo meu clube, e tenho certeza que os brasileiros sabem tudo sobre ser louco por uma equipe de futebol”, brincou. “Fui a todos os jogos da Inglaterra na Copa, conheci Manaus e São Paulo. Mas a Seleção Inglesa foi convincente e não jogou bem. Eu toquei para os jogadores no Hublot Palace Hotel, em Copacabana.”
Glenn Hughes
Data: 21 de agosto, às 22h30 (abertura da casa 21h)
Local: Music Hall (Avenida do Contorno, 3.239, Santa Efigênia)
Ingressos: www.ingressorapido.com.br
Vendas antecipadas: Ingresso Rápido (Shopping 5ª Avenida, Loja 27C, Savassi)
Valor portaria: a partir de R$120
Classificação: 16 anos