No início de julho, Emicida divulgou o polêmico clipe de 'Boa esperança' que escancara o preconceito racial no Brasil. Nesta quinta-feira, 30, o rapper compartilhou com os fãs um mini-documentário de 11 minutos que mostra o processo de criação da obra visual do primeiro single do novo disco. No vídeo, Emicida reforça a discussão contra o racismo.
Além dos depoimentos dos bastidores do clipe, o mini-documentário também mostra Emicida passando sua visão sobre a escravidão velada que ainda se encontra presente na realidade brasileira. O destaque, porém, fica para os relato das trabalhadoras domésticas. Divina Cunha, Dona Jacira, mãe de Emicida, e Dona Gracinha. “Em muitos lugares em que eu trabalhei a gente não podia comer, ali na Pacaembu mesmo, ali tinha lugar da casa onde a gente não podia andar (…) Isso é normal, na casa do povo muito rico”, conta Divina Cunha, sobre o tratamento recebido quando trabalhava em casas da família de bairros nobres da capital paulista.
O documentário é direção de João Wainer e Kátia Lund.