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Outra inovação é o Concurso de Sanfoneiros, a ser realizado em três noites de disputa, O vencedor receberá R$ 18 mil e uma sanfona Lettice produzida em Campina Grande (PB). Os curiosos em conhecer uma sanfona por dentro e por fora vão poder conferir a Exposição de Montagem e Modelos de Sanfonas Leticce. O festival promove ainda workshops: A multiplicidade singular do acordeon, que será ministrado pelo português João Frade em parceria com Munir Hossn, e Música de Câmara, ministrado pelos músicos do Quinteto Persch.
Targino frisa que o objetivo principal do festival é mostrar a diversidade e a pluralidade desse instrumento, que remete à China antiga e foi aperfeiçoado séculos depois na Europa. “A maioria das pessoas sempre associa a sanfona ao forró, sobretudo no Brasil, mas ela vai muito além disso. Ela está presente em ritmos de vários países, como Rússia, Itália, França, Argentina, Alemanha. É um instrumento universal”, salienta. O sanfoneiro e curador do evento lembra que, no caso do Brasil, a história da nossa música mudou para sempre por volta da década de 1940, quando Dorival Caymmi e Luiz Gonzaga começaram suas trajetórias artísticas no Rio de Janeiro. “Dorival cantando o mar e Gonzaga cantando o sertão. Ali foi um momento-chave para a MPB. A sanfona passou a ser utilizada, e o brasileiro se apaixonou completamente por sua sonoridade”, analisa.
BAIÃO DE DOIS
Juazeiro e Petrolina foram escolhidas para sediar o Festival Internacional da Sanfona por unir dois estados (Bahia e Pernambuco) situados no coração do Nordeste e separados apenas pelo Rio São Francisco. Juazeiro fica a aproximadamente 500 quilômetros de Salvador, enquanto Petrolina está a cerca de 700 quilômetros do Recife. “Sem falar que os dois municípios são um celeiro enorme de sanfoneiros de qualidade, que saem não só daqui, mas da zona rural também”, diz Targino Gondim.