Em novo clipe, Emicida mostra que está mais do que disposto a colocar o dedo na ferida. Com sete minutos de duração, o vídeo da faixa 'Boa esperança', lançada semana passada, aborda temas como racismo velado, preconceito e injustiça social, em clima cinematográfico.
Dirigido por Kátia Lund ('Cidade de Deus') e João Wainer ('Pixo'), a trama retrata um grupo de empregados de uma mansão – em sua maioria negros, que se rebelam após anos de abuso dos empregadores. O elenco conta com o próprio rapper, no papel de segurança, além de Domenica e Jorge Dias, filhos de Mano Brown, e a modelo Michelli Provensi. Participam também Divina Cunha e Raquel Guimarães Dutra, moradoras da ocupação Mauá, no centro de São Paulo, e Dona Jacira, mãe de Emicida. As três últimas já foram domésticas na vida real.
Foi daí, inclusive, que nasceu o roteiro. Segundo comunicado enviado à imprensa, o processo criativo nasceu após conversas entre Emicida, os diretores e empregadas domésticas que vivem na ocupação.
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“Cês diz que nosso pau é grande/ Espera até ver nosso ódio”, canta Emicida na pedrada 'Boa esperança', música lançada em 24 de junho. A faixa traz citações de personagens famosos como Osama Bin Laden, o apresentador Datena e o jogador africana Eto'o.
O novo disco, ainda sem data para lançamento, foi influenciado por uma viagem do músico à África como ele revela na letra do single. O sucessor de 'O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui' terá participações de Caetano Veloso e Vanessa da Mata.