Entre os anos de 2009 e 2011, ela ficou conhecida por hits radiofônicos como Shimbalaiê, João de barro ou Linda rosa. Agora, lança o terceiro disco de inéditas, sai do comodismo e rende-se ao experimentalismo. O nome é Maria Gadú, e o disco, Guelã. Fugas como a dela, que sai da zona de conforto para oferecer um álbum com foco na canção, tem trazido um fôlego diferenciado ao que convencionou-se chamar de nova MPB, cena em que a intérprete e compositora se encaixa junto outros nomes como Silva, Mallu e Marcelo Jeneci, para citar alguns exemplos.
“Este CD foi feito com calma, ao longo de dois anos. Criei as músicas sozinha na minha casa. Só depois as registrei em estúdio”, comenta a cantora. “Os timbres de guitarra foram bem pensados, calculados”, completa a artista. A pegada mais soturna, no entanto, não a acompanha de hoje. São dois anos de dedicação ao projeto, que agora ganha corpo e turnê.
saiba mais
Capital mineira recebe primeira edição de festival de música de câmara
Livro reúne 235 imagens assinadas por fotojornalistas de várias regiões do país
Biografia de Freddie Mercury mostra que artista inventou personagem para si mesmo
Festival Motéis Gourmet leva alta gastronomia para intimidade
Maria Gadú encerra o ciclo de 'Guelã' e está pronta para 'partir para outra'
É ela quem assina a produção, evidenciando o desejo de tomar as rédeas da carreira, assim como a maior parte das composições, feitas na sala de casa. Influência indireta do casamento com a produtora Lua Leça, realizado no ano passado. Múltiplas, as referências sonoras vão de sons étnicos africanos ao bom e velho Caetano Veloso, com quem Gadú mantém amizade desde o início da carreira, há seis anos. Na prática, ela estendeu as parcerias e compõe com Maíra Andrade, Maycon Ananias e o canadense James Brian. Todos são amigos que cultivou ao longo dos últimos anos, seja no Brasil ou seja nas importantes viagens ao exterior que renovaram a personalidade da paulistana.