Backstreet Boys não perderam o rebolado

Grupo se apresentou na capital e convidou público a se sentir com 15 anos de idade

por Fernanda Machado 11/06/2015 10:43

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MARCOS VIEIRA/EM/D. A. PRESS
Os Backstreet Boys durante show em Belo Horizonte (foto: MARCOS VIEIRA/EM/D. A. PRESS)
Um revival do passado nem sempre significa boas lembranças. Roupas démodé, cortes de cabelo de gosto duvidoso e muitas questões adolescentes mal resolvidas. Mas quando o loirinho Nick Carter convocou as centenas de fãs que lotavam o Chevrolet Hall, na noite da última terça-feira  para se sentirem de volta aos 15 anos de idade, foi difícil não ceder à febre causada pelas boy bands em meados dos anos de 1990.


Afinal de contas, estar frente a frente com os Backstreet Boys era uma experiência praticamente impossível para a maioria das garotas brasileiras daquela época. Em 2011, o grupo até passou por aqui, mas sem a formação original. E se a oportunidade de ver AJ, Brian, Howie D, Kevin e Nick reunidos veio só agora, por que não se render ao encanto dos bonitões?

E a plateia se rendeu. Gritou histericamente, cantou a maioria absoluta das canções, emocionou-se com as baladas e dançou as animadas coreografias. No palco, o que poderia facilmente se tornar um pastiche depressivo do que o grupo foi um dia, não passou nem perto disso. Os cinco praticamente ‘quarentões’ – as idades dos ‘boys’ variam entre 35 e 43 anos – reproduziram fielmente as famosas dancinhas e retribuíram o carinho do público com piscadelas, caras, bocas e muito rebolado.

É claro que o fôlego não é igual ao de 20 anos atrás. Por isso mesmo, as músicas mais agitadas foram intercaladas com baladas em que os BSB mostraram uma faceta não muito comum em shows de boy bands: a de instrumentistas. A apresentação teve direito a um momento acústico, com Nick e Brian no violão, Kevin nos teclados, Howie no baixo e AJ no cajon. “Agora nós tocamos gente!”, brincou Brian, emendando as faixas 'Drowning' e '10,000 promises'.

Apesar de gritarem como adolescentes, os fãs também mostraram que o pique não corresponde aos tempos mais áureos da juventude. Tanto que boa parte da público preferiu o conforto das arquibancadas da arena, que ficaram lotadas, enquanto o fundo da pista mostrava alguns clarões. Mas isso não quer dizer que faltou empolgação, especialmente em músicas como 'All I have to give', 'As long as you love me', 'I want it that way' e a clássica 'Everybody (Backstreet’s back)'.

Os Backstreet Boys estão mesmo de volta, como já previa um de seus maiores sucessos, com letra que faz até mais sentido atualmente. E a impressão é que, para os presentes, pouco importou o atraso de alguns anos. A simpatia e a entrega dos eternos meninos no palco realizaram o desejo adolescente de muita gente, além de mexer com aqueles hormônios que entram em ebulição nos tempos de juventude.

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