Musica

Fila para show em BH vira ponto de encontro dos fãs de Backstreet Boys

Retorno da boy band norte-americana à capital mineira movimenta admiradores do grupo; em alguns casos, amizade surgiu pelo interesse comum e se prolongou pela vida

Ivan Drummond

Nick, Kevin, AJ, Brian e Howie D voltam à capital mineira para show esgotado no Chevrolet Hall
Eram ainda 9h dessa terça-feira, 9, quando uma fila começou a se formar no passeio do Marista Hall. Eram os fãs do Back Street Boys, que chegavam ou para comprar seu ingresso, ou já para o show. A avenida Nossa Senhora do Carmo se transformou em ponto de encontro, local para se alimentar e até mesmo para cantar os sucessos do grupo.

 

Confira em vídeo a animação dos fãs na fila:

 

 

Um grupo de amigas, Juliana Alves, 21 anos; Luiza Lima, 27; Kelen Batista, 26; Jullie Bittencourt, 29; Natália Ferreira, 19; Ingrid Lacerda, 30; Bianca Ferreira, 26; Lilian Guilhoto, 29. Juntas, eram das mais animadas, pois cantavam sucessos do grupo, sem parar. Se revezavam nas cadeiras de praia que tinham levado, cinco para todas elas.


Juliana comemora o fato de ser por conta do grupo musical que nasceu a amizade entre elas. “Eu as conheci quando tinha ainda 12 anos e vim para um show. Nascia ali uma amizade que dura até hoje e vai continuar. Nos encontramos não só nos shows, mas também por aí, em festas.”

Em outro ponto da fila, Maria Flor Souza, de 28 anos; Mariana Paulinelli, 27, e a paulista Letícia Aparecida Silva, 27, que veio a BH só para ver o show do grupo que adora. Ela diz que tentou ir a outras apresentações, inclusive São Paulo, mas não conseguiu. “Eu tentei comprar para pelo menos um dos três shows em São Paulo. Não consegui. Depois, tentei o Rio. Nada. Aí, resolvi vir a Belo Horizonte e vou ver meus ídolo do Back Street Boys.”

Juliana Alves, Luiza Lima, Kelen Batista, Jullie Bittencourt, Natália Ferreira, Ingrid Lacerda, Bianca Ferreira e Lilian Guilhoto: amizade nascida em fila de outro show da banda segue firme até hoje
Show, seja em BH ou em qualquer outro lugar é sinônimo de negócio, conta o ambulante Rafael José Alves da Silva, de 26 anos, que veio de São Paulo para ganhar algum dinheiro. Trouxe camisetas e bandeiras do grupo para vencer. Conta que vive disso. “Por show, a gente lugar entre R$ 300 e R$ 500. Compro as camisetas numa fábrica, com cada uma saindo em torno de R$ 20 e vendo pelo dobro.”

Aliás, essa é a profissão de Rafael. “Eu sigo os show, de rock, música pop, popular, infantis. Quem mais consome é o público adolescente. Depois vem o pessoal do rock. Cheguei aqui ainda pela manhã. Faturei pouco, só R$ 50, mas espero que o movimento cresça daqui para a noite. Aliás, isso é que normalmente acontece”, conta o vencedor, que diz que viaja ou de carro, ou de ônibus ou de avião. “Depende do que seja mais lucrativo.”