

King "está de volta a casa, nesta cidade onde era então tão difícil abrir o caminho como músico negro", confidenciou à AFP seu amigo de longa data, Cerver Randle. Vestida de azul - a cor do blues -, uma multidão vinda dos quatro cantos do país se reuniu para assistir a um show tributo em um dos parques da cidade, na primeira etapa das homenagens de Memphis ao "rei do blues".
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"A música de B.B. King é como um remédio para o espírito. Me faz sentir que não sou o único que sofre", disse Alexander Hamilton Warner, um sexagenário afro-americano de Memphis que participou da homenagem a alguns metros da mítica rua Beale.
Esta é a via onde o jovem Riley King fez suas primeiras apresentações no final dos anos 1940 e que lhe rendeu o primeiro apelido, "Beale Street Blues Boy" (garoto do blues da rua Beale), que com o passar dos anos viraria simplesmente "B.B.". Esta homenagem esteve prestes a não acontecer: esta semana foi preciso executar uma necropsia no corpo do músico em Nevada (oeste), depois que duas de suas filhas acusaram o empresário de envenenar seu pai.
Mas a procissão em Memphis parecia indiferente a esta polêmica. "É como com Elvis e Michael Jackson. Sempre há controvérsias quando morre uma lenda. É preciso esperar e respeitar o luto", opinou Alvin Long, nativo de Memphis. Ao final da marcha, os restos mortais do rei do blues serão simbolicamente enviados para o vizinho estado do Mississippi, berço do blues onde King nasceu e será sepultado no sábado.