Esdras Nogueira, saxofonista da banda Móveis Coloniais de Acaju, não vê a hora de chegar a a BH. É que ele é fã do torresmo e do fígado acebolado do Mercado Central, e pretende dar uma passada no local se seu voo chegar cedo à cidade. Mas o músico não virá a BH somente para saborear as iguarias mineiras. Ao lado dos companheiros de banda, o instrumentista se apresenta na noite desta sexta-feira na festa I.N.C.R.Í.V.E.L!, que ainda terá a presença ilustre dos norte-americanos do Hypnotic Brass Ensemble, e a animação do Bloco da Alcova.
DIRETO DOS EUA
Uma das grandes expectativas da festa I.N.C.R.Í.V.E.L é a presença da banda norte-americana Hypnotic Brass Ensemble, que trará pela primeira vez à cidade a swingada mistura de jazz e hip hop. Para Esdras, dividir palco com o grupo é uma oportunidade de trocar experiências e conhecer melhor o som dos caras. “É um intercâmbio. É uma banda formada basicamente por sopro, e tem essa pegada do hip hop que mostra bem a cara da música produzida atualmente nos EUA”, explica.
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O CARNAVAL NÃO TEM FIM
Para completar a noite da I.N.C.R.Í.V.E.L, sobem ao palco os mineiros da Alcova Libertina. Formado em 2011, o grupo é um dos destaques do carnaval de Belo Horizonte, trazendo inusitadas releituras carnavalescas de bandas clássicas do rock como Beatles, Led Zepelin, Rolling Stones e The Doors, além de músicas de Caetano Veloso, Mutantes e Gilberto Gil.
A festa, que tem como mote a mistura entre música e arte circense, ainda terá atrações circenses e performances artísticas. Nos intervalos dos shows, quem comanda a diversão são os DJs Yuga e Thiagão, da festa Sexta Básica.
I.N.C.R.Í.V.E.L!
Shows com Hypnotic Brass Ensemble, Móveis Coloniais de Acaju e Bloco da Alcova + atrações circenses. Sexta-feira, 22 de maio, às 22h no Espaço Even (Rua Vereador Antônio Zandona, 245-275, Jardinópolis). Ingressos: R$60 (inteira - lote 1). Informações pela página do evento no Facebook.
DUAS PERGUNTAS PARA...
Esdras Nogueira, Saxofonista do Móveis Coloniais de Acaju
último disco do Móveis foi lançado em 2013. Vocês já estão pensando no próximo?
Não começamos a pensar não...(risos). Vai sair mais um clipe do disco neste ano. E estamos fazendo vários projetos solo. Foi um ano que tiramos para fazer outras coisas, apesar de continuarmos viajando com a banda. Acho que o que está acontecendo é importante, porque estamos juntos há muito tempo, e precisávamos dessa válvula artística.
A parte criativa precisa de maturação. E acho que para o disco novo vamos precisar vir de umas férias, sabe? Senão acabamos fazendo mais do mesmo, e uma das funções do artista é se renovar. E não gostamos muito do lugar comum, buscamos fazer coisas autênticas. Mas daqui a um tempo com certeza a vontade do disco novo vai vir.
Vocês lançaram um filme recentemente. Como foi a ideia do projeto?
Lançamos o documentário 'Mobília em casa', dirigido por José Eduardo Belmonte. O filme fala sobre Brasília, e é uma forma de mostrar o lugar do ponto de vista do Brasiliense. Muita gente tem uma impressão que a cidade tem uma energia carregada, por causa da política. Mas Brasília é muito mais do que isso, tem uma identidade cultural.
No filme tocamos em dez locações ao vivo. E misturamos isso com depoimentos das pessoas. O filme é para quem é de lá se emocionar, e para quem é de fora, conhecer. Quem quiser o DVD, vai estar disponível lá no show. E o filme também está na programação do Canal Brasil.