

A decisão, após nove meses de consultas, deve entrar em vigor no verão do hemisfério norte (inverno no Brasil), segundo Frances Moore, a CEO da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica). "O que está absolutamente claro é que existe um acordo praticamente unânime de que uma data global de lançamento é algo bom", disse Moore à AFP. Por tradição, os álbuns geralmente são lançados às segundas-feiras no Reino Unido e na França, terças-feiras nos Estados Unidos, quartas-feiras no Japão e sextas-feiras na Austrália e Alemanha.
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"Digamos que o Daft Punk, por exemplo, faça um anúncio de que álbum será lançado hoje, mas nos Estados Unidos, enquanto na Alemanha apenas na sexta-feira. Existe uma lacuna de três ou até quatro dias. Como um consumidor, você não consegue encontrar, mesmo que o artista diga que foi lançado. Então, agora eles não precisarão procurar em um site pirata - nosso foco é o mercado legítimo", disse.
A IFPI informou que consultou a Federação Internacional de Músicos, que representa vários sindicatos ao redor do mundo, assim como as principais redes varejistas e os serviços de streaming, incluindo o Spotify. Uma das fontes de oposição à medida são as lojas independentes dos Estados Unidos, o maior mercado de música do planeta, que apoiam um data global de lançamento, mas não a sexta-feira.
Os varejistas americanos geralmente apostam na terça-feira, que de outra maneira seria um dia de movimento fraco e que permite tempo para que os álbuns cheguem até o fim de semana. Nos últimos anos, artistas como Beyoncé e Madonna inclusive lançaram álbuns sem anúncio prévio, em alguns casos para responder a vazamentos ou para tentar evitar o problema.
Moore disse que a data global tem amplo apoio, mas que não existirão problemas legais para quem insistir em outra data. A indústria musical passou por um terremoto desde que o mercado começou a entrar na era digital, há pouco mais de 15 anos. O faturamento global caiu 3,9%, a 15 bilhões de dólares, em 2013, de acordo com a IFPI, mas a queda foi liderada pelo Japão - onde as vendas de discos físicos ainda dominam o mercado - e as vendas digitais cresceram em vários países.