Entre uma música e outra, mas sem intervalos, Iglesias, que pouco se moveu no palco, ficando a maior parte do tempo sentado, também contou casos. Falou de sua ligação com o Brasil, que começou na adolescência, quando vivia com a família no Norte da Espanha, fronteira com Portugal. “Foi meu pai, que era um médico extraordinário e amava o Brasil, quem pela primeira vez me falou desta terra, que aprendi a amar. Ele esteve algumas vezes aqui comigo, quando eu já era conhecido, e me recordo que saía pelas ruas do Rio, todo orgulhoso, falando para os outros que era o meu pai “, disse o cantor.
Em outro momento, fazendo jus à fama de sex men, Julio Iglesias contou que, além de sempre ter se interessado pelo lado sensual e sexual das pessoas, inclusive dos brasileiros, até os seus 50 anos, ou pouco mais, todas as vezes em que terminava um show, sentia uma grande vontade de fazer amor – e fazia. “Só que agora, com a minha idade, as coisas cambiaram bastante, e já não são bem assim mais, disse o cantor”, arrancando gargalhadas da plateia. Mas não deixou de continuar jogando seu charme para o público, que retribuía aplaudindo e, em alguns casos, como em 'Mammy blue', fazendo coro para ele.
Catarse Ainda sobre sua história, Julio Iglesias contou que quando compôs as primeiras canções, por volta dos 20 anos, nunca poderia pensar que algum dia as pessoas fossem cantá-las mundo afora. “Eu as escrevia como catarse, uma forma de me manter vivo”, disse, contando ainda que aprendeu a cantar ouvindo Frank Sinatra e Luciano Pavarrotti, com os quais se identifica até hoje.
E outra vez fazendo a plateia sorrir, confessou, “sem falsa modéstia, ser o cantante mais importante da música latina de todos os tempos”. Para, em seguida, completar com bom humor: “Eu, Vinicius de Moraes, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Daniel, Bruno e Marrone e Zezé di Camargos e Luciano...”.
Público Em meio ao diversificado público que foi assistir ao show do cantor espanhol, que voltou ao palco duas vezes após o término do espetáculo para o bis, estavam a primeira-dama do estado, dona Célia, e o governador Alberto Pinto Coelho, que chegaram cedo. Para a advogada e delegada da polícia civil Karina Resende de Oliveira, que foi na companhia da sua avó, Zélia Rezende, Julio Iglesias esteve muito bem. “Ele é supercarismático, e apresentações como essa são importantes para BH, levantam a autoestima da cidade”, disse Karina.
Já a empresária Cléia Shirley de Vasconcelos Reis Santos, que já havia assistido a outros shows do cantor, também vibrou com Iglesias. “Ele continua com uma voz linda, e fiquei muito feliz por ter falado bem do Brasil, demonstrado o seu amor pelo nosso país. Que volte outras vezes”, disse.
Centenas de pessoas lotaram o Grande Teatro do Palácio das Artes na noite de domingo vibraram com a apresentação de um dos maiores ícones da música romântica internacional, o cantor e compositor espanhol Julio Iglesias, que está em turnê pelo Brasil. Da capital mineira ele segue para Campo Grande, Goiânia, Uberlândia e Fortaleza. Bem-humorado e interagindo com o público, o cantor, que tem 71 anos, interpretou de grandes sucessos de sua carreira, como 'Manuela', 'Crazy', 'Mammy blue', 'Me va me va', a canções como 'Dois amigos', de Zezé di Camargo, músicas de Alexandre Pires, Ari Barroso e Pet Shop Boys, além de ter passeado pelo samba e o tango, com bailarinos argentinos fazendo belas coreografias.