Os países da América Latina receberam o disco três dias depois do lançamento na Europa e nos Estados Unidos, que ocorreu na última sexta-feira (19). O iTunes, serviço de vendas on-line da Apple, não divulgou a razão da escolha. Até esta terça-feira, o mundo inteiro terá acesso ao álbum.
'Cheek to cheek' começou após a Gaga participar de Duets II, disco de Bennett, que faturou um Grammy em 2012. Na oportunidade, os dois regravaram a canção The lady is a tramp, do musical Babes in arms, de 1937. Foi amor à primeira vista e, desde então, as conversas foram se solidificando. As gravações duraram mais de um ano por conta de uma interrupção inesperada no processo devido a cirurgia que a popstar teve de fazer no quadril.
O disco mostra uma Lady Gaga que poucos conhecem. Longe das batidas do pop e do auto-tune - programa utilizado para a modulação vocal -, o álbum exibe a Stephanie Germanotta (nome original da cantora) que ganhou competições de jazz na escola e cantava músicas do gênero nos bares de Nova York, muito antes de se tornar uma estrela do pop. Com interpretações louváveis de Bang bang, Nature boy e Anything goes, o álbum vem no momento propício para que Gaga consiga respirar no mercado que a abandona gradativamente.
Até mesmo a crítica internacional, que ultimamente tem pegado no pé da cantora, elogiou a produção. "Gaga é que mais se beneficiou com este álbum. Cheek to cheek revela a profundidade da voz dela", ressalta Caroline Sullivan, crítica do britânico The Guardian.
Em crise desde o lançamento de Artpop, a cantora de álbuns importantes, como The fame e The fame monster, chegou a trocar inúmeras vezes de equipe, empresários e perdeu as rédeas da carreira. Mas a amizade com Tony Bennett não só a ajudou a segurar os problemas do último disco, como apresentou ao público uma Lady Gaga sem excentricidades e bizarrices. Tony Bennet e Lady Gaga planejam um turnê pelos festivais de Jazz, em 2015.
Confira 'Anything goes':