Originalmente lançado em abril, o novo DVD da artista teve turnê interrompida no período da Copa do Mundo, sendo retomada agora com o show de Belo Horizonte. “Afora eventos de empresas, há muito tempo que não faço shows para os mineiros”, reconhece a cantora, cuja ligação com o Brasil remonta ao surgimento da bossa nova, que, não por acaso, ela homenageia no show. “Era a época de ouro, os anos dourados que refletiam o mundo do cinema, uma certa elegância que se refletia até nas roupas, no jeito da mulher andar e se vestir”, justifica.
Memória Acompanhada de banda formada pelos músicos Paul Ricci (guitarra e direção artística), Daniel Amorim (contrabaixo) e Mauro Tahin (bateria), Mafalda resgata clássicos italianaos das décadas de 1950 e 1960, de autores como Renato Carosone, Umberto Bindi, Domenico Modugno, Ennio Morricone e Gino Paoli, cuja produção está diretamente ligada ao cinema.
Como faz questão de lembrar, a música norte-americana do pós-guerra (Dizzy Gillespie e Louis Armstrong, entre outros) foram responsáveis pelo enriquecimento da música italiana, quando os autores começaram a compartilhar não só de ricas melodia e harmonia, mas principalmente da estrutura rítmica. “Foi a época de uma música totalmente inovadora, imediatamente ligada ao universo cinematográfico, nas trilhas de filmes de Fellini, Antonioni e De Sica, entre outros diretores.
Canções como Io che amo solo te, Voglio vivere cosi, Il mondo, Arrivederci, Dio come ti amo, Breve amore, Nessuno, Come prima, Io che non vivo, Amore baciami, Ilcielo in una stanza, Via con me e Nel blu dipinto di blu estão no repertório do DVD de Mafalta, que nas apresentações brasileiras presta homenagem ao brasileiríssimo Wilson Simonal cantando a versão para o italiano de Não vem que não tem (Sacumdi, sacumdá), além de cantar clássicos da canção francesa e, naturalmente, da bossa nova.
VOLARE
Presença marcante no repertório de clássicos italianos do novo DVD de Mafalda Minnozzi, Volare, de Domenico Modungo, marcou época no Festival de San Remo de 1958. “Foi a primeira vez que um compositor cantou a própria criação no evento”, recorda a intérprete, nascida na década de 1960, em Pávia, ao lado de Milão, no norte da Itália. Para colocar o público a par da riqueza da época cantada por ela no show, Mafalda inclui locuções especialmente gravadas por atrizes, em português.
MAFALDA MINNOZZI & BANDA
Nesta sexta, às 21h, no Teatro Bradesco (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes). Ingressos e R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada). Informações: (31) 3516-1360.