Musica

O legado de Raul Seixas: relembre maiores sucessos do artista, morto há 25 anos

Cantor foi um dos ícones do rock nacional nos anos 1970 e 1980

Diário de Pernambuco

Autor de algumas das faixas essenciais no rock nacional, maluco beleza segue encantando gerações
Autor de algumas das faixas essenciais no rock nacional, maluco beleza segue encantando gerações
Há 25 anos, morria Raul Seixas. O maior ícone do rock 'n' roll nacional dava seu último suspiro sozinho, em seu apartamento, desiludido e abandonado. Triste fim para uma figura tão alegre como Raul. Em muitas de suas músicas, como 'Mosca na sopa', o cantor expunha nitidamente sua veia mais cômica. Inspirados nisso, o Viver reuniu algumas das melhores músicas do eterno maluco beleza, confira:


"Gita" (1974)
Maior clássico de Raul, tem a letra composta em parceria com Paulo Coelho, grande parceiro de Raul nos anos 1970. Em letra enigmática que lida com os vários mistérios da vida, Raul divulga como poucos a filosofia do mago ocultista Aleister Crowley, pregando o bem e o mal como sendo uma coisa só. O início, o fim e o meio.


"Ouro de tolo" (1973)
Letra irônica e politizada de Raul Seixas. Era uma grande sátira ao "milagre econômico" dos anos 1970, e ironizava o estilo de vida do brasileiro padrão. "Eu devia estar sorrindo e orgulhoso por ter finalmente vencido na vida, mas eu acho isso uma grande piada e um tanto quanto perigosa", canta Seixas.


"Mosca na sopa" (1973)
Clássico não tão lembrado do repertório de Raul, a música é um dos primeiros sons a misturar o rock com os ritmos tradicionais nordestinos, como xaxado e baião. Antes mesmo da turma do Manguebeat, Raulzito sabia misturar como ninguém.


"Metamorfose ambulante" (1973)
Ritmo lento, sons psicodélicos, letra contraditória. A música é talvez a mais memorável de Raul. Nela, ele versa sobre não manter as mesmas concepções sobre as coisas durante toda a vida. Afinal, é melhor ser uma metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.


"Sociedade alternativa" (1974)
Mais uma letra que remete aos ensinamentos de Aleister Crowley. Nela, Raul prega o desprendimento, propõe ao ouvinte não se limitar pelas convenções sociais. "Faze o que tu queres, há de ser tudo da lei".