Musica

Festival de Música Colonial Brasileira tem início em Juiz de Fora

Programação vai até o próximo dia 27 e inclui orquestras e corais

Estado de Minas

A Orquestra Barroca abre o tradicional festival hoje, no Cine-Theatro Central, em Juiz de Fora
São exatos 25 anos de celebração da música antiga e colonial em Minas. O Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, promovido pelo Centro Cultural Pró-Música, de Juiz de Fora, chega à 25ª edição a partir de hoje e celebra o espaço e o respeito conquistados. Com programação extensa em vários pontos da cidade, com destaque para o Cine-Theatro Central, referência há 85 anos, o evento, como garantem os realizadores, está mais fortalecido do que nunca.

Na abertura, em 8 de julho de 1990, foram 50 inscritos para oito cursos e quatro conferências em 15 dias de reflexão obre o tema, com nomes de destaque no cenário da música: os musicólogos Cleofe Person de Mattos e José Maria Neves. Estudantes de Minas, São Paulo, Rio, Ceará, Mato Grosso e Santa Catarina participaram de cursos de prática de orquestra, história da música brasileira e da música universal, prática coral e técnica vocal, violino, violoncelo, viola e flauta.


Tudo transcorreu tão bem que, em 1991, o evento dobrou de tamanho. Agora, passados todos esses anos, soma 700 alunos, 50 professores (10 estrangeiros, vindos da Holanda, França e Estados Unidos). Para este ano, foram previstos 30 concertos em duas semanas, de hoje ao dia 27. A programação não fica restrita às salas de aula, teatros e igrejas e ganha as ruas e outros espaços.


Concertos A abertura do festival, hoje, a partir das 20h30, no Cine-Theatro Central, ficará a cargo da Orquestra Barroca. Inicialmente formada por músicos do exterior, hoje a orquestra reúne muitos brasileiros e vários deles participaram da trajetória de duas décadas e meia do festival. Este ano, a Orquestra Barroca gravará pela primeira vez no Brasil, no seu 15º disco, Beethoven interpretado com instrumentos de época. Após aprofundar-se no Barroco, o regente Luiz Otávio Souza Santos passa a outros períodos.


Há programação do festival também na Igreja do Rosário, na Concha Acústica, no auditório do Instituto Granberry, no Teatro Pró-Música, no Parque Halfeld – hoje, às 17h30, tem apresentação do Triunvirato Power Trio, com Sylvio Gomes (piano), Pedro Crivellari (bateria) e Claudimar Maia (contrabaixo) e, amanhã, também ao ar livre, às 17h30, quem se apresenta é a Orquestra Sinfônica Pró-Música (UFJF), com regência de Nerisa Aldrighi e Luciano Baptista (gaita, violão e voz) e Hamilton Moraes (violão).
Na Igreja do Rosário, quarta-feira, às 20h30, apresenta-se o cravista holandês Jacques Ogg. No dia 17, no mesmo horário, será a vez do grupo Helsinki Baroque, da Finlândia, com direção de Aapo Hakkïnen. Sempre às 20h30, no dia 24 haverá apresentação do Músicos de Capella e, no dia 25, do Madrigal do Festival, com direção de Homero Magalhães Filho. A programação completa está em www.promusica.org.br.

 

 

Programação

Sempre às 20h30, no
Cine-Theatro Central

Segunda – Concerto de abertura com a Orquestra Barroca do Festival, com regência de Luís Otávio Santos

Terça – Quinteto Villa-Lobos: Rubem Schuenck (flauta), Luís Carlos Justi (oboé), Paulo Sérgio Santos (clarinete), Philip Doyle (trompa) e Aloysio Fagerlande (fagote)

Dia 18 – Duo Sá de Percussão: Pedro Sá e Janaína Sá

Dia 19 – Camerata Assis Brasil

Dia 20 – Orquestra de Sopros da
Orquestra Petrobras Sinfônica, com regência de Sammy Fuks

Dia 21 – Coral Jovem do Estado de São Paulo, com regência de
Fernando Tomimura

Dia 22 – Orquestra de Câmara Sesiminas, com regência de Marco Antônio Maia Drumond

Dia 23 – BH Brass:
Os metais da Gerais

Dia 26 – Orquestra do Festival, com regência de Ângela Pinto Coelho e Sérgio Dias e participação do Coral Colonial do Festival, com regência de Mário Robert Assef

Dia 27 – Concerto de encerramento com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sob a  regência
de Fábio Mechetti