Depois de oito anos de uma bem-sucedida parceria que já os levou a vários estados brasileiros, boa parte da América Latina e a alguns países da África, como Tunísia e Cabo Verde, a narradora de histórias e mestre em estudos literários pela UFMG Aline Cântia e o músico e compositor Luís Carlos Lopes Dinuci, o Chicó do Céu, acabam de lançar seu primeiro CD, 'Contos de lá nos cantos de cá'.
Produzido com muito carinho, o disco sai pela gravadora paulista Pôr do Som, financiado com recursos do Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte, e solidifica ainda mais o trabalho da dupla, que começou quando Aline Cântia, então professora universitária em Belo Horizonte, conheceu Chicó do Céu, na época seu aluno na UNA.
“Era tempo do Projeto Rondon, e fomos para Acorizal, no Mato Grosso, onde criamos um programa de rádio no qual comecei a contar algumas histórias, com trilha sonora do Chicó”, lembra Aline. “Deu tão certo que até fizemos uma música, com letra e tudo, que hoje é o hino oficial da cidade.”
Emoção
De volta a Minas, Aline e Chicó resolveram investir na carreira de contadores de história. Criaram o projeto Abrapalavra e apostaram nele. De uns tempos para cá estão vivendo apenas desse trabalho. “'Contos de lá nos cantos de cá', de certa forma, é uma síntese de tudo isso, além de uma realização para nós, que hoje ficamos mais na estrada do que aqui em Belo Horizonte”, diz Aline.
Ainda de acordo com a narradora, que é mineira de Viçosa, na Zona da Mata, se o CD demorou tanto para sair foi pelo fato de que ela e Chicó, que é natural de Itaperuna (RJ), desde o início da parceria não se precipitaram para lançá-lo. “Queríamos primeiro amadurecer nosso trabalho, nos identificar com ele e, principalmente, buscar uma identificação cada vez maior com a palavra, que é nossa ferramenta de trabalho, e aprender a valorizá-la”, continua Aline.
Com a participação de três jovens compositores mineiros – Gustavito Amaral, Thiago Braz e Léo Assunção –, além da pesquisadora popular Renata Mattar e Gustavo Finkler, criador do Grupo Cuidado que Mancha, as seis histórias de 'Contos de lá nos cantos de cá' – duas delas, 'O samba' e 'O menino e a bailarina', criadas por Aline e Chicó – são como um acalanto ao coração.
Impossível não se deixar emocionar quando Aline Cântia, com voz suave e muita segurança – acompanhada por Chicó, que não deixa por menos – conta em 'A tartaruga e a fruta amarela' como foi que esse animal, desde muito o mais vagaroso da floresta, acabou descobrindo o nome uma fruta até então desconhecida pela bicharada: a carambola.
Em outro conto, 'O par de sapatos', é narrada a paixão que unia dois sapatos, sempre juntos quando estavam na loja, dentro da caixa, mas separados depois de cada ser colocado em um pé. O nascimento do samba nos morros cariocas é tema da deliciosa 'O samba'. “Essa história nasceu das nossas viagens Brasil afora, sentados nos terreiros e calçadas, e ouvindo um caso aqui e ali”, explica Aline.
Entre os próximos projetos da dupla, além de continuar na divulgação de 'Contos de lá nos cantos de cá', que será lançado em breve em Belo Horizonte, Aline e Chicó continuam trabalhando na ampliação de Pontos de Memória, projeto que realizam em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus.
Produzido com muito carinho, o disco sai pela gravadora paulista Pôr do Som, financiado com recursos do Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte, e solidifica ainda mais o trabalho da dupla, que começou quando Aline Cântia, então professora universitária em Belo Horizonte, conheceu Chicó do Céu, na época seu aluno na UNA.
“Era tempo do Projeto Rondon, e fomos para Acorizal, no Mato Grosso, onde criamos um programa de rádio no qual comecei a contar algumas histórias, com trilha sonora do Chicó”, lembra Aline. “Deu tão certo que até fizemos uma música, com letra e tudo, que hoje é o hino oficial da cidade.”
Emoção
De volta a Minas, Aline e Chicó resolveram investir na carreira de contadores de história. Criaram o projeto Abrapalavra e apostaram nele. De uns tempos para cá estão vivendo apenas desse trabalho. “'Contos de lá nos cantos de cá', de certa forma, é uma síntese de tudo isso, além de uma realização para nós, que hoje ficamos mais na estrada do que aqui em Belo Horizonte”, diz Aline.
Ainda de acordo com a narradora, que é mineira de Viçosa, na Zona da Mata, se o CD demorou tanto para sair foi pelo fato de que ela e Chicó, que é natural de Itaperuna (RJ), desde o início da parceria não se precipitaram para lançá-lo. “Queríamos primeiro amadurecer nosso trabalho, nos identificar com ele e, principalmente, buscar uma identificação cada vez maior com a palavra, que é nossa ferramenta de trabalho, e aprender a valorizá-la”, continua Aline.
Com a participação de três jovens compositores mineiros – Gustavito Amaral, Thiago Braz e Léo Assunção –, além da pesquisadora popular Renata Mattar e Gustavo Finkler, criador do Grupo Cuidado que Mancha, as seis histórias de 'Contos de lá nos cantos de cá' – duas delas, 'O samba' e 'O menino e a bailarina', criadas por Aline e Chicó – são como um acalanto ao coração.
Impossível não se deixar emocionar quando Aline Cântia, com voz suave e muita segurança – acompanhada por Chicó, que não deixa por menos – conta em 'A tartaruga e a fruta amarela' como foi que esse animal, desde muito o mais vagaroso da floresta, acabou descobrindo o nome uma fruta até então desconhecida pela bicharada: a carambola.
Em outro conto, 'O par de sapatos', é narrada a paixão que unia dois sapatos, sempre juntos quando estavam na loja, dentro da caixa, mas separados depois de cada ser colocado em um pé. O nascimento do samba nos morros cariocas é tema da deliciosa 'O samba'. “Essa história nasceu das nossas viagens Brasil afora, sentados nos terreiros e calçadas, e ouvindo um caso aqui e ali”, explica Aline.
Entre os próximos projetos da dupla, além de continuar na divulgação de 'Contos de lá nos cantos de cá', que será lançado em breve em Belo Horizonte, Aline e Chicó continuam trabalhando na ampliação de Pontos de Memória, projeto que realizam em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus.