Musica

Avril Lavigne faz única apresentação em Belo Horizonte neste sábado

Cantora canadense faz show, às 21h30, no Chevrolet Hall

Mariana Peixoto

Prestes a completar 30 anos – em 27 de setembro – e já com 12 de carreira, Avril Lavigne sabe como domar a própria carreira. Em novembro, lançou seu quinto álbum de estúdio, o primeiro a trazer apenas seu nome no título. É esta a base da nova turnê que a canadense está fazendo no Brasil –já se apresentou em São Paulo, toca nesta sexta no Rio, sábado no Chevrolet Hall, em Belo Horizonte, e domingo em Brasília. E dando alguns pitacos na produção, a loirinha milionária, considerada a mulher mais famosa de seu país, vem provocando polêmica.


Avril chegou ao Brasil na rabeira de acusações até mesmo de racismo, graças ao clipe de 'Hello Kitty', recém-lançado. Gravado no Japão, traz a cantora em meio a danças infantis, variedades de sushis, roupas fofas de bonecas e quatro dançarinas japonesas, exatamente iguais e sem qualquer expressão. O reforço nos estereótipos é a principal razão dos acusadores. Rapidamente, Avril se defendeu, via Twitter: “Eu amo a cultura japonesa e passo metade do tempo no Japão. Viajei para Tóquio para gravar esse vídeo para meus fãs japoneses, com meu selo japonês, coreógrafos japoneses e um diretor japonês.”


Parte do incômodo também vem porque 'Hello Kitty' é um dos orgulhos da cantora. “Este disco soa como realmente meu, por isso é diferente dos outros. Pela primeira vez pude experimentar um pouco de produção. 'Hello Kitty' é um dos exemplos, o estilo de eletrônica é o que me interessa e é algo que nunca fiz antes. 'Give you what you like' é também bastante pop e divertida”, disse em entrevista ao Estado de Minas.

'Hello Kitty', a canção, é um pop chiclete um tanto infantiloide para uma cantora que se diz dona do próprio nariz. Algo bem diferente da “roqueira rebelde” que mesmerizou adolescentes ao redor do planeta com seus primeiros álbuns, 'Let go' (2002) e 'Under my skin' (2004). Mas Avril dá de ombros. “Esses discos eram coisa de adolescente. Eu cantava sobre brigas de namorados. O novo fala da vida e de questões diversas, para além do amor.”

Seja como for, o amor também se fez muito presente no trabalho mais recente, já que Chad Kroeger, frontman do Nickelback e atual marido de Avril, dividiu com ela tanto a autoria de boa parte das 13 canções quanto a produção do álbum. “Foi bom trabalhar com ele, pois, afinal, foi no estúdio que nos conhecemos”, limita-se a dizer. Avril é hoje milionária, graças aos 35 milhões de álbuns vendidos ao redor do globo. Para além da música, conta ainda com sua própria marca de roupas, Abbey Dawn, e a The Avril Lavigne Foudation, que ajuda crianças e adolescentes portadores de doenças.

Mas ela tem que manter o olho bem próximo dos fãs. Diz que muitos, que a acompanham desde a adolescência, continuam fiéis até hoje. Monta cada turnê pensando no que querem ouvir. Para a temporada brasileira, fez uma enquete, via Twitter, pedindo que os fãs de cada cidade onde vai se apresentar dissessem quais são suas canções preferidas. Surpreendeu-se com algumas das mais pedidas, como 'Nobody’s home', lançada 10 anos atrás.