“Só levei o corpo, foi maravilhoso”, resume o cantor e compositor carioca Zeca Pagodinho. Em tese, ele só compareceu às gravações que resultaram em CD duplo, DVD e Blu-Ray do projeto Sambabook, que engloba também especial de TV do Canal Brasil, fichário de partituras, discografia, biografia, web rádio, portal e aplicativos para smartphones e tablets. No repertório, 26 canções dele com vários parceiros, interpretadas por uma constelação de convidados, de Emicida a Beth Carvalho.
Zeca canta apenas numa música, Camarão que dorme a onda leva, escrita com dois de seus mais importantes parceiros, Arlindo Cruz e Beto Sem Braço. No mais, deixou o microfone para praticamente um convidado especial por música. Marcaram presença Almir Guineto (Em nome da alegria), Alcione (Ter compaixão), Jorge Aragão (Termina aqui), Martinho da Vila (Faixa amarela), Beth Carvalho (Lama nas ruas) e Monarco com a Velha Guarda da Portela (Falsa alegria).
A surpresa mesmo fica por conta do fato de o artista ter recepcionado no palco não apenas seus compadres de roda de samba, mas nomes de outros segmentos. A começar pelo rapper Emicida, que não se intimidou diante do sucesso Bagaço da laranja. Além dele, passaram pelo palco Frejat (Brincadeira tem hora), Jorge Ben Jor (Depois do temporal), Marcelo D2 (Quem é ela?), Gilberto Gil (Não sou mais disso), Lenine (Dor de amor) e Djavan (Judia de mim).
“Sempre gostei de fazer música com parceiros. Senão, fica muito só eu. Tem que ter outras ideias no meio. Escrevo muito com Dudu Nobre, Arlindo Cruz, Jorge Aragão. Mais com o Arlindo, pois somos compadres, alcançamos juntos o sucesso. Ele é bom parceiro, bom musicista, bom tudo. Entre os convidados, só não conhecia o Emicida, que é maneiro, gente fina, mandou bem, é artista mesmo”, elogia.
Arranjo Zeca evita falar desse ou daquele convidado para evitar ciúmes, mas não esconde sua surpresa com a performance de Gabrielzinho do Irajá em São José de Madureira. O rapaz, que é deficiente visual, ficou conhecido pela participação na novela América (2005), de Glória Perez, na Globo, e hoje ataca também de compositor. “Ele vem da minha terra, e o bisavô dele era amigo do meu tio avô, os dois tocavam juntos. Ele versa bem, compõe bem, fez um disco maravilhoso. O moleque é bom”, elogia.
Além de violão, cavaquinho, percussão e bateria, o samba incrementado de Zeca conta também com piano e sopros. Isso é obra não apenas de seu diretor musical, Paulão Sete Cordas, mas também de outro fiel escudeiro, o gaitista e produtor musical Rildo Hora, que há anos ajuda o artista a selecionar repertório em concorridas rodas em sua casa, em Xerém, na Baixada Fluminense, e capricha nos arranjos de seus discos. Até o aclamado bandolinista Hamilton de Holanda participa, brilhando no solo de Lente de contato.
TERCEIRO
O projeto Sambabook já contemplou outros dois nomes fortes da MPB com a mesma variedade de produtos (CD, DVD, livro de partitura etc.). O primeiro foi João Nogueira, em 2012, seguido pelo que foi dedicado a Martinho da Vila, no ano passado. Em todos, seleção especial de convidados interpreta a obra do compositor homenageado.
Zeca canta apenas numa música, Camarão que dorme a onda leva, escrita com dois de seus mais importantes parceiros, Arlindo Cruz e Beto Sem Braço. No mais, deixou o microfone para praticamente um convidado especial por música. Marcaram presença Almir Guineto (Em nome da alegria), Alcione (Ter compaixão), Jorge Aragão (Termina aqui), Martinho da Vila (Faixa amarela), Beth Carvalho (Lama nas ruas) e Monarco com a Velha Guarda da Portela (Falsa alegria).
A surpresa mesmo fica por conta do fato de o artista ter recepcionado no palco não apenas seus compadres de roda de samba, mas nomes de outros segmentos. A começar pelo rapper Emicida, que não se intimidou diante do sucesso Bagaço da laranja. Além dele, passaram pelo palco Frejat (Brincadeira tem hora), Jorge Ben Jor (Depois do temporal), Marcelo D2 (Quem é ela?), Gilberto Gil (Não sou mais disso), Lenine (Dor de amor) e Djavan (Judia de mim).
“Sempre gostei de fazer música com parceiros. Senão, fica muito só eu. Tem que ter outras ideias no meio. Escrevo muito com Dudu Nobre, Arlindo Cruz, Jorge Aragão. Mais com o Arlindo, pois somos compadres, alcançamos juntos o sucesso. Ele é bom parceiro, bom musicista, bom tudo. Entre os convidados, só não conhecia o Emicida, que é maneiro, gente fina, mandou bem, é artista mesmo”, elogia.
Arranjo Zeca evita falar desse ou daquele convidado para evitar ciúmes, mas não esconde sua surpresa com a performance de Gabrielzinho do Irajá em São José de Madureira. O rapaz, que é deficiente visual, ficou conhecido pela participação na novela América (2005), de Glória Perez, na Globo, e hoje ataca também de compositor. “Ele vem da minha terra, e o bisavô dele era amigo do meu tio avô, os dois tocavam juntos. Ele versa bem, compõe bem, fez um disco maravilhoso. O moleque é bom”, elogia.
Além de violão, cavaquinho, percussão e bateria, o samba incrementado de Zeca conta também com piano e sopros. Isso é obra não apenas de seu diretor musical, Paulão Sete Cordas, mas também de outro fiel escudeiro, o gaitista e produtor musical Rildo Hora, que há anos ajuda o artista a selecionar repertório em concorridas rodas em sua casa, em Xerém, na Baixada Fluminense, e capricha nos arranjos de seus discos. Até o aclamado bandolinista Hamilton de Holanda participa, brilhando no solo de Lente de contato.
TERCEIRO
O projeto Sambabook já contemplou outros dois nomes fortes da MPB com a mesma variedade de produtos (CD, DVD, livro de partitura etc.). O primeiro foi João Nogueira, em 2012, seguido pelo que foi dedicado a Martinho da Vila, no ano passado. Em todos, seleção especial de convidados interpreta a obra do compositor homenageado.