O segundo disco do norte-americano Pharrell Williams é a confirmação da evolução e do pragmatismo de uma carreira em ascensão. Responsável, ao longo dos últimos 10 anos, por hits de artistas de tendências diversas, como Madonna, Britney Spears, Frank Ocean, Snoop Dogg, Jay Z e Justin Timberlake, ele reinou quase absoluto em 2013 com a produção do álbum do ano, 'Random access memories', da dupla francesa Daft Punk, que inclui o megahit 'Get lucky', e pela inclusão de 'Happy' na trilha do desenho 'Meu malvado favorito 2'. Com sete prêmios Grammy e uma indicação ao Oscar por 'Happy', ele lança 'G I R L', um conjunto de 10 temas que provam que o dono do chapéu mais esquisito da música pop atual entende de sucesso.
Com uma carreira como cantor e compositor que inclui participações nas bandas de rock e rap The Neptunes e N.E.R.D., além de um álbum de algum sucesso, In my mind (2006), Williams foi aprimorando sua técnica e dominando ferramentas de estúdio para soar cada vez mais eficiente, radiofônico, preciso. Sua fórmula remete a outros habilidosos artesãos, como Prince e Quincy Jones, e tem como base o funk, o soul e o r’n’b das décadas de 1970 e 1980, suingue de agremiações no nível de Rufus, Earth, Wind & Fire e Commodores e o poder de síntese de um Michael Jackson. E uma boa leitura das tendências sonoras da era digital, incluindo a estratégia de lançar um clipe interativo de 24 horas com imagens feitas pelos fãs e lágrimas sinceras no programa de entrevistas da campeã de audiência Oprah Winfrey.
Com participações de Justin Timberlake ('Brand new'), Alicia Keys ('Know who you are'), Miley Cirus (bem comportada em 'Come get it bae') e, claro, o Daft Punk ('Dust of wind'), o disco aponta também para direções menos óbvias, como as presenças da líder teen JoJo e o compositor new age de trilhas sonoras Hanz Zimmer, responsável por poucos e preciosos segundos de orquestra na faixa com a dupla francesa. Dedicado às mulheres, objeto da maior parte das letras e companheiras das fotos e do encarte, 'G I R L' é bom para pistas, viagens de carro e rádios com dinâmica bem calculada. É um disco comercial, no sentido da tradição americana de fornecer munição para as listas de Top 100 da Billboard. E fazer a roda da fortuna girar.
Com uma carreira como cantor e compositor que inclui participações nas bandas de rock e rap The Neptunes e N.E.R.D., além de um álbum de algum sucesso, In my mind (2006), Williams foi aprimorando sua técnica e dominando ferramentas de estúdio para soar cada vez mais eficiente, radiofônico, preciso. Sua fórmula remete a outros habilidosos artesãos, como Prince e Quincy Jones, e tem como base o funk, o soul e o r’n’b das décadas de 1970 e 1980, suingue de agremiações no nível de Rufus, Earth, Wind & Fire e Commodores e o poder de síntese de um Michael Jackson. E uma boa leitura das tendências sonoras da era digital, incluindo a estratégia de lançar um clipe interativo de 24 horas com imagens feitas pelos fãs e lágrimas sinceras no programa de entrevistas da campeã de audiência Oprah Winfrey.
Com participações de Justin Timberlake ('Brand new'), Alicia Keys ('Know who you are'), Miley Cirus (bem comportada em 'Come get it bae') e, claro, o Daft Punk ('Dust of wind'), o disco aponta também para direções menos óbvias, como as presenças da líder teen JoJo e o compositor new age de trilhas sonoras Hanz Zimmer, responsável por poucos e preciosos segundos de orquestra na faixa com a dupla francesa. Dedicado às mulheres, objeto da maior parte das letras e companheiras das fotos e do encarte, 'G I R L' é bom para pistas, viagens de carro e rádios com dinâmica bem calculada. É um disco comercial, no sentido da tradição americana de fornecer munição para as listas de Top 100 da Billboard. E fazer a roda da fortuna girar.