

O evento também contemplou premiações nas categorias arranjo (Berimbau, de Baden Powell e Vinicius de Moraes, feito por Samy), músico acompanhante (o baterista Felipe Continentino) e instrumentista (o violonista Chrystian Dozza). As apresentações foram realizadas sexta-feira e sábado e a comissão julgadora selecionou os seis melhores concorrentes para retornar no domingo. Cada um apresentou duas músicas de autoria própria e um arranjo para uma peça de um terceiro (em geral, de compositores conhecidos).
Os quatro melhores receberam R$ 9 mil (cada) e terão a oportunidade de mostrar o próprio trabalho em shows em Belo Horizonte (com participação de um convidado especial) e em São Paulo – este último como parte do projeto Instrumental Sesc Brasil e gravado pelo Sesc TV. O baterista Leo Pires e o violonista Chrystian Dozza, os outros dois concorrentes que chegaram à final, receberam prêmios individuais de R$ 3,5 mil, mesmo valor destinado aos melhores arranjador, músico acompanhante e instrumentista.
Competindo pela terceira vez, o saxofonista Sérgio Danilo deixou de lado o estilo gafieira para demonstrar suas qualidades de improvisador em faixas mais ousadas, como Cromatismo craniano, além de fazer bonito com a flauta em sua releitura de Vovô Manuel, de Nailor Proveta. Os sopros também marcaram significativa presença nas performances do guitarrista Samy Erick, que contou com saxofone e trompete em sua banda para defender composições influenciadas pela bossa, como Roditi.
América De Juiz de Fora veio Fabrício Conde, que impressionou com sua viola caipira de cabaça ao interpretar o tema próprio Mi casa. Demonstrou bom domínio técnico do instrumento, tocado sem obrigação de prestar tributo ao legado regional. O músico, que se dedica à pesquisa musical em países da América do Sul, também tocou cuatro, instrumento de cordas venezuelano. A propósito, ele está preparando o lançamento de Campesinos, disco dedicado à sonoridade latina.
Por fim, Marcus Abjaud mostrou boas composições, como Prana e Soho, além de uma inspirada versão de Oração ao tempo, de Caetano Veloso. Sua performance foi abrilhantada pela presença de alguns dos melhores instrumentistas da nova geração em Belo Horizonte: o guitarrista Matheus Barbosa (vencedor da edição de 2010 do prêmio), o baixista Frederico Heliodoro (vencedor da de 2009) e o baterista Felipe Continentino (melhor músico acompanhante deste ano).
Os demais concorrentes do prêmio foram Jorge Bonfá (violão), Júlio Curi (guitarra), Grupo Feijão de Corda (Hudson Vaz, Luiz Enrique e Zazú), João Paulo Avelar (baixo), Marcelo Morais (guitarra) e Vaninho Vieira (violão). Todos foram selecionados por comissão formada pelos músicos André “Limão” Queiroz, Geraldo Vianna e Cléber Alves e posteriormente avaliados por banca julgadora composta por músicos, produtores culturais e jornalistas.