Banda Supercombo lança o disco 'Amianto'

Trabalho tem músicas inéditas e autorais e a marca registrada: guitarras altas

por Ailton Magioli 18/02/2014 07:00

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Juarez Tanure/Divulgação
(foto: Juarez Tanure/Divulgação )
Quase uma oração. Na opinião do próprio autor, o refrão da composição 'Piloto automático', que puxa o terceiro disco da banda Supercombo, 'Amianto', é uma daquelas conclusões a que se costuma chegar em alguma fase da vida: “Eu devia sorrir mais, abraçar meus pais/ Viajar o mundo e socializar/ Nunca reclamar, só agradecer/ Tudo o que vier, eu fiz por merecer/ Fácil de falar, difícil fazer”. Versos do vocalista e guitarrista Leonardo Ramos, que, ao compor, recorreu à eterna questão: “O que será que eu fiz da minha vida?”.

Produzido no esquema colaborativo, com a participação de todos os integrantes, 'Amianto' tem repertório inédito e autoral da banda que, depois de criada em Vitória (ES), foi “exportada” para São Paulo. “Vivemos submersos no rock underground, com um pezinho no mainstream”, relata Leonardo, integrante do grupo ao lado de Pedro Ramos (guitarra e voz), Carol Navarro (baixo e voz), Paulo Vaz (teclado e efeitos) e Raul de Paula (bateria). Capixabas e paulistas integram a banda indie, que venceu recentemente o programa 'Temos vagas', da Rádio Rock de São Paulo.

Com passagens por festivais como o Porão do Rock (PDR), de Brasília, menos de cinco semanas depois do lançamento do single, a Supercombo recebeu mais de 40 mil plays, conquistando mais de 300 fãs por dia em sua fanpage. Combinação de músicos com histórias, gostos e influências, a banda consolidou a atual formação em São Paulo, de onde projeta nacionalmente o seu trabalho. “Não nos preocupamos em ser pop”, garante Leonardo Ramos, criticando a postura de rádios e TVs que reclamam da “guitarra alta” das bandas de rock. “A mídia costuma usar uma viseira para algumas coisas”, lamenta o guitarrista, detectando uma visão antirrock em alguns veículos.

“Em nosso caso, não estamos preocupados com nada. Gostamos de nossa sonoridade e quem não gostar pode ouvir Luan Santana e outros artistas”, afirma. Se no início a Supercombo era projeto paralelo de cada músico, hoje ela se tornou prioridade na carreira deles, que comemoram a oportunidade de fazer trabalho autoral. “Na verdade, é uma verdadeira guerrilha”, constata o vocalista e guitarrista, dizendo que eles não estão dispostos a se render à música cover. “Tocamos só o nosso som”, posiciona-se Leonardo, para quem música é mensagem.

A internet, na opinião dele, é o grande canal para divulgação do trabalho, já que seu público não sai do Facebook, Instagram e Twitter. “A internet hoje é um vício. Fica difícil se alienar do mundo virtual”, constata Leonardo Ramos. Para ele, o mercado fonográfico vive uma revolução com os novos canais de divulgação. “Não dependemos mais de TV e rádio para fazer sucesso”, comemora o músico, para quem a Supercombo vive momento de “pé no chão, com trabalho amadurecido e conciso”.

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