Blubell lança seu quarto disco com canções em português e inglês

No novo trabalho, paulista interpreta faixas com certa dose de humor

por Mariana Peixoto 18/02/2014 07:00

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Laís Aranha/Divulgação
(foto: Laís Aranha/Divulgação)
O título é de fina ironia: 'Diva é a mãe'. Pois em seu quarto álbum a cantora e compositora paulista Blubell (Isabel Fontana Garcia na carteira de identidade) encarna uma antidiva em 11 canções e duas vinhetas, todas de sua autoria. O clima é retrô, com um quê de teatral. Ora em português, ora em inglês, Blubell canta dores de amores e situações cotidianas, sempre com uma boa dose de humor.


'Diva uma ova', que melhor traduz o espírito do álbum, ela canta: “Vocês não entenderam nada/ Meu mundo não caiu”, brinca, fazendo uma referência à canção eternizada por Maysa ('Meu mundo caiu'). 'Bandido' vai na mesma onda: “Você roubou meu coração/ Desiludida e ferida”. O clima dor de cotovelo é desmontado na forma, pois ela canta como se estivesse com um sotaque intencionalmente falso. 'A mulher solteira e o homem pavão' já destila veneno no título. Mas Blubell também sabe ser romântica ('Because I do'), ou sensual ('Picnic').

Ainda que a influência jazzística seja forte – a instrumentação do álbum é baseada em piano, baixo e sopros –, Blubell é um cantora pop por excelência. Seu tom de voz é tão original quanto suas canções. Por vezes emula Björk, às vezes tem a fofura de Mallu Magalhães. Sua sofisticação vestida de despretensão a vem acompanhando desde o início da carreira.

Antes deste álbum, lançou 'Slow motion ballet' (2006), 'Eu sou do tempo em que a gente se telefonava' (2011), ambos solo, além de 'Blubell & Black Tie' (2012). Este último foi gravado ao lado do trio formado por Mário Manga, Swami Jr. e Fábio Tagliaferri, instrumentistas já com uma trajetória extensa tanto no jazz quanto na MPB. Neste álbum, Blubell atuou como intérprete, registrando, em arranjos ousados, versões para Cole Porter, Beatles e The Who.

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