O juiz do tribunal de Orleans (centro) considerou que essas cinco pessoas, originárias da Suíça, Bélgica e França, provaram o "sofrimento" causado pela morte. "Esta é a primeira vez, que eu saiba, que é reconhecido o conceito de dano emocional em conexão com a morte de uma estrela pop", comentou seu advogado, Emmanuel Ludot, em entrevista à AFP. O advogado também comemorou o "fato de ter ido até o fim com o processo, apesar das zombarias".
Esse precedente é ainda mais notável, de acordo com o advogado, dado que "a ligação emocional não era de mão dupla, os fãs amavam Michael Jackson, mas ele não os conhecia pessoalmente". Os cinco provaram seu "sofrimento" por meio de testemunhas e atestados médicos, detalhou o advogado.
Entre os queixosos, está Myriam Walter, presidente do fã clube "Michael Jackson Community", com sede em Montargis (centro da França), que deu início ao procedimento, mas que não foi agraciada pela "indenização". Na prática, se o 1 euro simbólico não for pago por Murray, que foi libertado no ano passado, "o reconhecimento do estatuto de vítima vai permitir que meus clientes solicitem o acesso ao túmulo de Michael Jackson em Los Angeles, que está fechado para o público".
Michael Jackson morreu em Los Angeles em 25 de junho de 2009, aos 50 anos de idade, de uma overdose de propofol, um anestésico poderoso utilizado como sonífero, com a ajuda de seu médico.