O evento se estende a Londrina (PR), São Carlos (SP), Curitiba (PR) e a Salvador (BA). Em BH, a vigília estará a cargo do músico Leandro César, também construtor de instrumentos, do compositor Felipe José e de Marco Scarassatti, autor do livro Walter Smetak, o alquimista dos sons. Com entrada franca, a programação inclui improvisações, leitura de textos e poemas e exibição de filmes.
O suíço desembarcou no Brasil com 24 anos. Concertista com sólida formação na Europa, Smetak morou em São Paulo e no Rio de Janeiro, trabalhou em cassinos e rádios, acompanhou estrelas como Carmen Miranda. Radicado em Salvador a convite do professor Hans Joachim Koellreutter, lecionou na Universidade Federal da Bahia, onde desenvolveu suas pesquisas. PVC e cabaças e isopor são algumas das matérias-primas empregadas em suas esculturas sonoras.
Calcula-se que o “suíço-baiano” inventou cerca de 150 instrumentos. Entre eles está a caossonância, construído com metal, madeira, caixa de pedras e cartas de baralho. Pindorama, criado para “domar o ego”, pode ser tocado por nada menos de 28 pessoas.
Pelas oficinas de Smetak passaram Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Djalma Correia e o mineiro Marco Antônio Guimarães, fundador do Uakti.
VIGÍLIA SONORA
Homenagem a Walter Smetak. Espaço Cento e Quatro, Praça Rui Barbosa, 104, Centro, (31) 3222-6457. Terça-feira, às 21h. Entrada franca.