Musica

Fãs do Chiclete com Banana de todo o Brasil se unem para a despedida de Bell Marques

"Já chorei, fiquei bem chateado, mas acredito que vamos ter que nos dividir entre o Bell e o Chiclete", diz fã

Ana Clara Brant

Muito mais do que mero fã, ser chicleteiro é uma espécie de religião, de família. Que o diga o empresário mineiro Glauco Vidigal, de 49 anos, que há 25 acompanha a banda e faz questão de passar o carnaval sempre na “temida pipoca do Chiclete.” O primeiro show que ele viu foi em Salvador, em 1989. Desde então, a paixão foi só aumentando. Hoje, Glauco faz parte do seleto grupo fechado de 300 chicleteiros, que reúne gente do Brasil inteiro.


“São vários os fatores que me atraem. Além de eles terem uma percussão e uma pegada muito boa, meio de merengue, viramos uma família. Sempre nos encontramos nos shows, em vários lugares do Brasil, e o ápice é no carnaval. Chiclete com Banana é uma magia, uma religião, e só quem vive essa experiência sabe do que estou falando. É indescritível”, destaca.


O amor pela banda baiana é tão intenso que passou para a filha, a pequena Ana Carolina, de 6 anos. A menina conhece boa parte do repertório e inclusive acompanha os pais – a mãe, Ana Cristina, de 46, também é admiradora do grupo – no carnaval de Salvador. Os três são conhecidos como a família Vidigal chicleteira. “Tenho toda a coleção de CDs e DVDs e gosto muito das músicas, principalmente 'Mistério das estrelas'. Adoro o Chiclete e o carnaval com eles é muito legal”, afirma a garota.

PACTO
A saída de Bell é assunto ainda complexo tanto para Glauco, como para vários chicleteiros. Eles fizeram uma espécie de pacto de só vão se pronunciar oficialmente sobre o assunto depois do carnaval. “É difícil falar sobre uma paixão. Ainda nem conversamos sobre isso em respeito à família de todos os músicos. E olha que muita gente da imprensa já nos procurou. Já chorei, fiquei bem chateado, mas acredito que vamos ter que nos dividir entre o Bell e o Chiclete. O importante é que uma vez chicleteiro, sempre chicleteiro”, salienta.

Júnior de Paula, de 32 anos, o Juninho chicleteiro, é tão fã dos baianos que já chegou a viajar para Natal, Fortaleza, Aracaju e São Luís, entre outras cidades, só para ver o Chiclete. “Rodei o país inteiro e acho que a maior  loucura foi ter viajado num único fim de semana para três estados para ir aos shows”, conta.

Segundo ele, o que mais cativa os chicleteiros são as amizades, já que acabam esbarrando com as mesmas pessoas nas micaretas. “O Chiclete proporciona esse vínculo e é algo fora do comum. É uma grande festa quando todo mundo se encontra”, conta. Júnior diz que os fãs estão um pouco divididos com relação à carreira solo de Bell Marques, mas acredita que quem for chicleteiro de verdade vai seguir a banda. “Tem gente que acha que o Bell foi um pouco mercenário, e que a magia não vai ser a mesma. Muita gente não gostou desse desligamento. Mas outros defendem que dá para acompanhar as duas carreiras. Vamos ver o que vai ser”, analisa.

Os fãs aplaudem

27


discos gravados

7

milhões de discos vendidos

12

discos de ouro e 10 de platina